Missão do
Sistema SENAI
Contribuir para o fortalecimento da indústria e o desenvolvimento
pleno e
sustentável do País, promovendo a educação para o trabalho e a
cidadania, a assistência técnica e tecnológica, a produção e disseminação
de
informação e a adequação, geração e difusão de tecnologia.
A busca constantes
da qualidade e
a preocupação com o
atendimento ao cliente estão presentes nas ações do SENAI.
O magnetismo é uma
propriedade que certos materiais possuem que faz com que esses materiais
exerçam uma atração sobre materiais ferrosos.
As propriedades dos corpos
magnéticos são grandemente utilizadas em eletricidade (motores, geradores etc.)
e eletrônica (instrumentos de medição, transmissão de sinais etc.).
MAGNETISMO NATURAL - ÍMÃS
Alguns materiais encontrados
na natureza apresentam propriedades magnéticas naturais. Esses materiais são denominados
de ímãs naturais.
Ímãs naturais são materiais que apresentam propriedades magnéticas
naturais.
A magnetita é um minério de
ferro que é naturalmente magnético, ou seja, é um ímã natural.
ÍMÃS ARTIFICIAIS
Os ímãs artificiais são
barras de materiais ferrosos que o homem magnetiza por processos artificiais.
Os ímãs artificiais são
muito empregados porque podem ser fabricados com os mais diversos formatos, de
forma a atender as necessidades práticas. A Fig.1 mostra alguns exemplos.
Fig.1 Exemplos de formas de ímãs
artificiais.
Os ímãs artificiais em geral
têm propriedades magnéticas mais intensas que os naturais.
PÓLOS MAGNÉTICOS DE UM ÍMÃ
Externamente, as forças de
atração magnéticas de um ímã se manifestam com maior intensidade nas suas
extremidades.
Por essa razão as
extremidades são denominadas de pólos
magnéticos do ímã, como ilustrado na Fig.2.
Fig.2 Pólos magnéticos de um ímã.
Os pólos magnéticos são as
regiões extremas do ímã onde as forças de atração magnéticas se manifestam com
maior intensidade.
Cada um dos pólos apresenta
propriedades magnéticas específicas, sendo denominados de pólo sul e pólo norte.
Os pólos do ímã são
denominados de pólo norte e pólo sul.
Uma vez que as forças de
atração magnéticas dos ímãs são mais concentradas nos pólos, conclui-se que a
intensidade dessas propriedades decresce para o centro do ímã.
Na região central do ímã, estabelece-se
uma linha onde as forças de atração magnéticas do pólo sul e do pólo norte são
iguais e se anulam.
Esta linha é denominada neutra. A linha neutra é, portanto, a linha divisória entre os
pólos do ímã, como ilustrado na Fig.3.
Fig.3 Linha neutra de um ímã.
ORIGEM DO MAGNETISMO
O magnetismo tem sua origem
na organização atômica dos materiais. Cada molécula de um material é um pequeno
ímã natural, denominado de ímã molecular ou domínio, como mostrado na Fig.4.
Fig.4 Ímã molecular.
Quando durante a formação de
um material, as moléculas se orientam em sentidos diversos e com isso os
efeitos magnéticos dos ímãs moleculares se anulam no todo do material, resulta
em um material sem magnetismo natural, como ilustrado na Fig.5.
Fig.5 Material sem
magnetismo natural.
Se, durante a formação do
material, as moléculas assumirem uma orientação única (ou predominante), os
efeitos magnéticos de cada ímã molecular se somam dando origem a um ímã com
propriedades magnéticas naturais, como mostrado na Fig.6.
Fig.6 Material com magnetismo natural.
Na fabricação de ímãs
artificiais, as moléculas de um material (desordenado) sofrem um processo de
orientação a partir de forças externas.
INSEPARABILIDADE DOS PÓLOS
Os ímãs têm uma propriedade
característica: por mais que se divida um ímã em partes menores, as partes
sempre terão um pólo norte e um pólo sul, como pode ser visto na Fig.7.
Fig.7 Inseparabilidade dos pólos.
Esta propriedade é
denominada de inseparabilidade dos
pólos.
Inseparabilidade dos
pólos é a propriedade do ímã de ser dividido em partes até a condição de ímã
molecular, tornando-se impossível isolar um pólo norte ou pólo sul.
INTERAÇÃO ENTRE ÍMÃS
Quando os pólos magnéticos
de dois ímãs estão próximos, as forças magnéticas dos ímãs reagem entre si de
forma singular.
Se os dois pólos magnéticos
próximos forem diferentes (norte de um com o sul do outro) há uma atração entre
os dois ímãs. Se os dois pólos próximos forem iguais (norte de um próximo ao
norte do outro) há uma repulsão entre os dois ímãs. Esses efeitos podem ser
vistos na Fig.8.
Fig.8 Interação entre os
ímãs.
Pólos magnéticos
iguais se repelem. Pólos magnéticos diferentes se atraem.
CAMPO MAGNÉTICO - LINHA DE FORÇA
Os efeitos de atração ou
repulsão entre dois ímãs ou de atração de um ímã sobre os materiais ferrosos se
devem à existência de um campo magnético que provém do ímã.
O espaço ao redor do ímã em
que existe atuação das forças magnéticas é denominado de campo magnético.
Como artifício para estudar
esse campo magnético, admite-se a existência de linhas de força magnéticas ao redor do ímã.
As linhas de força
magnéticas de um ímã são invisíveis e somente podem ser constatadas com o
auxílio de um recurso.
Colocando-se um ímã embaixo
de uma lâmina de vidro e espelhando (borrifando) limalha de ferro sobre o
vidro, as limalhas se orientam conforme as linhas de força magnéticas, como ilustrado
na Fig.9.
Fig.9 Linhas de força magnéticas.
O formato característico das
limalhas sobre o vidro, denominado de espectro magnético, é apresentado na Fig.10.
Fig.10 Espectro magnético.
Essa experiência mostra
também uma maior concentração de limalhas na região dos pólos do ímã devido à
maior intensidade de magnetismo nas regiões polares.
A maior intensidade do
magnetismo deve-se ao fato de que a maioria das linhas de forças magnéticas se
concentra nas extremidades, passando através da seção transversal nos pólos,
como pode ser visto na Fig.11.
Fig.11 Regiões de maior intensidade
magnética.
A maior intensidade do
magnetismo nos pólos do ímã se deve a concentração das linhas de força que
ocorre nestas regiões.
ORIENTAÇÃO DAS LINHAS DE FORÇA
Com o objetivo de padronizar
os estudos relativos ao magnetismo e às linhas de força, estabeleceu-se como
convenção que as linhas de força de um campo magnético se dirigem do pólo note
para o pólo sul, como ilustrado na Fig.12.
Fig.12 Convenção do sentido das
linhas de força.
Sentido das linhas de força
por convenção: do pólo norte para o pólo sul.
Esta convenção se aplica às
linhas de força externas ao ímã.
A denominação
eletromagnetismo se aplica a todo o fenômeno
magnético que tenha origem em uma corrente elétrica.
Eletromagnetismo: fenômeno
magnético provocado pela circulação de uma corrente elétrica.
CAMPO MAGNÉTICO EM UM CONDUTOR
Quando um condutor é
percorrido por uma corrente elétrica, ocorre uma orientação no movimento das
partículas no seu interior.
Essa orientação do movimento
das partículas tem um efeito semelhante à orientação dos ímãs moleculares.
Como conseqüência dessa
orientação, verifica-se o surgimento de um campo magnético ao redor do
condutor, como pode ser visto na Fig.13.
Fig.13 Campo criado pela passagem
de uma corrente no condutor.
As linhas de força desse campo magnético, criado
pela corrente elétrica que passa por um condutor, são circunferências
concêntricas num plano perpendicular ao condutor.
A circulação de
corrente em um condutor dá origem a um campo magnético ao seu redor.
O sentido de deslocamento
das linhas de força é dado pela regra de
mão direita, para o sentido
convencional da corrente elétrica.
REGRA DA MÃO DIREITA
Envolvendo o condutor com os
quatro dedos da mão direita de forma que o dedo polegar indique o sentido da
corrente (convencional), o sentido das linhas de força será o mesmo dos dedos
que envolvem o condutor.
Fig.14 Regra da mão direita.
Pode-se também utilizar a regra do saca-rolha como forma de
definir o sentido das linhas de força.
O sentido das linhas de
força é dado pelo movimento do cabo de um saca-rolha, cuja ponta avança no
condutor no mesmo sentido da corrente (convencional), como ilustrado na Fig.15.
Fig.15 Regra do saca rolha.
A intensidade do campo
magnético ao redor depende da intensidade da corrente que flui no condutor,
como pode ser visto na Fig.16.
Fig.16 Relação entre intensidade de
campo magnético e corrente.
A intensidade do campo
magnético ao redor de um condutor é diretamente proporcional à corrente que
circula nesse condutor.
CAMPO MAGNÉTICO EM UMA BOBINA
Para obter campos magnéticos
de maior intensidade a partir da corrente elétrica, usa-se enrolar o condutor
em forma de espirais, constituindo uma bobina. A Fig.17 mostra uma boina e o seu símbolo.
Fig.17 Bobina e seu símbolo.
As bobinas permitem uma soma
dos efeitos magnéticos gerados em cada uma das espiras.
Enrolando-se um condutor em
forma de espiras, constrói-se uma bobina. Esta permite a soma dos efeitos
magnéticos no condutor.
A Fig.18 mostra uma bobina constituída por várias espiras, ilustrando
o efeito resultante da soma dos efeitos individuais.
Fig.18 Bobina de várias espiras.
Os pólos magnéticos formados
pelo campo magnético têm características semelhantes àquelas dos pólos de um
ímã natural.
A intensidade do campo
magnético em uma bobina depende diretamente da intensidade da corrente e do
número de espiras, como pode ser visto na Fig.19.
Fig.19 Relação entre intensidade de
campo a corrente e o número de espiras.
BOBINAS COM NÚCLEO
O núcleo é a parte central
das bobinas. Quando nenhum material é colocado no interior da bobina, diz-se
que o núcleo é de ar.
Para obter uma maior
intensidade de campo magnético a partir de uma mesma bobina, pode-se utilizar o
recurso de colocar um material ferroso (ferro, aço etc.) no interior da bobina.
Nesse caso, o conjunto
bobina - núcleo de ferro ilustrado na Fig.20
recebe a denominação de eletroímã.
Fig.20 Eletroímã.
A maior intensidade do campo
magnético nos eletroímãs se deve ao fato de que os materiais ferrosos provocam
uma concentração das linhas de força.
A colocação de um núcleo de
material ferroso no interior de uma bobina provoca uma intensificação no seu
campo magnético.
Fig.21 Influência do núcleo de ferro.
Quando uma bobina tem núcleo
de material ferroso seu símbolo expressa essa condição, como ilustrado na Fig.22.
Fig.22 Símbolo de uma bobina com
núcleo de ferro.
A capacidade de um material
de concentrar as linhas de força é expressa pela permeabilidade magnética e é representada pela letra grega m (mi).
De acordo com a
permeabilidade magnética, os materiais podem ser classificados como:
diamagnéticos, paramagnéticos e ferromagnéticos.
DIAMAGNÉTICOS
Permeabilidade pequena
(menor que 1) e negativa. Estes materiais promovem uma dispersão do campo
magnético, como ilustrado na Fig.23.
Fig.23 Materiais diamagnéticos.
São exemplos de materiais
diamagnéticos o cobre e o ouro.
PARAMAGNÉTICOS
Permeabilidade em torno da
unidade. São materiais que praticamente não alteram o campo magnético (não
dispersam nem concentram as linhas de força), como pode ser visto na Fig.24.
Fig.24 Materiais paramagnéticos.
São exemplos de materiais
paramagnéticos o ar e o alumínio.
FERROMAGNÉTICOS
São materiais com alta
permeabilidade. Se caracterizam por promoverem uma concentração das linhas
magnéticas, como mostrado na Fig.25.
Fig.25 Materiais ferromagnéticos.
Os materiais ferromagnéticos
são atraídos pelos campos magnéticos.
MAGNETISMO REMANESCENTE
Quando se coloca um núcleo
de ferro em uma bobina na qual circula uma corrente elétrica, o núcleo se torna
imantado porque as suas moléculas se orientam conforme as linhas de força
criadas pela bobina. Este fenômeno pode ser visto na Fig.26.
Fig.26 Imantação do núcleo de uma
bobina.
Cessada a passagem da
corrente, alguns ímãs moleculares permanecem na posição de orientação anterior,
fazendo com que o núcleo permaneça ligeiramente imantado. Essa pequena
imantação é denominada de magnetismo
remanescente ou residual, como ilustrado na Fig.27.
Fig.27 Magnetismo
residual.
O magnetismo residual é
importantíssimo, principalmente para os geradores de energia elétrica. Esse
tipo de ímã é denominado de ímã temporário.
Seu trabalho foi muito util, poderea voce me dar algumas dicas
ResponderExcluirpara imantar um pedaço de ferro.
grato
Plinio
meu email é
pels1000@gmail.com
Por favor vc pode me ajudar
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