Missão do
Sistema SENAI
Contribuir para o fortalecimento da indústria e o desenvolvimento
pleno e
sustentável do País, promovendo a educação para o trabalho e a
cidadania, a assistência técnica e tecnológica, a produção e
disseminação
de
informação e a adequação, geração e difusão de tecnologia.
A
harmonia da atividade industrial com o
meio ambiente é um
dos
objetivos do SENAI.
O transformador é um
dispositivo que permite elevar ou rebaixar os valores de tensão ou corrente em
um circuito de CA, como pode ser visto na Fig.1.
Fig.1 Função dos transformadores.
A grande maioria dos
equipamentos eletrônicos emprega transformadores, seja como elevador ou
rebaixador de tensões.
A Fig.2
mostra alguns tipos de transformadores.
Fig.2 Tipos diferentes de
transformador.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Quando uma bobina é
conectada a uma fonte de CA, surge um campo magnético variável ao seu redor.
Aproximando-se outra bobina
da primeira, o campo magnético variável gerado na primeira bobina corta as espiras da segunda.
Como conseqüência da
variação de campo magnético sobre suas espiras surge na segunda bobina uma
tensão induzida, como pode ser visto na Fig.3.
Fig.3 Tensão induzida na
segunda bobina.
A bobina na qual se aplica a
tensão CA é denominada de primário do
transformador, e a bobina onde surge a tensão induzida é denominada de secundário do transformador,
como mostrado na Fig.4.
Fig.4 Primário e secundário de um
transformador.
A bobina do transformador em
que se aplica uma tensão CA é denominada de primário e a bobina em que surge
uma tensão induzida é denominada de secundário.
É importante observar que as
bobinas primária e secundária são eletricamente isoladas entre si. A
transferência de energia de uma para a outra se dá exclusivamente através das
linhas de forças magnéticas.
A tensão induzida no
secundário de um transformador é proporcional ao número de linhas magnéticas
que corta a bobina secundária. Por essa razão, o primário e o secundário de um
transformador são montados sobre um núcleo de material ferromagnético, como
pode ser visto na Fig.5.
Fig.5 Núcleo de material
ferromagnético.
O núcleo diminui a dispersão
do campo magnético fazendo com que o secundário seja cortado pelo maior número
de linhas magnéticas possível, obtendo uma melhor transferência de energia
entre o primário e o secundário.
A Fig.6 ilustra o efeito provocado pela colocação do núcleo no
transformador.
Fig.6 Efeito de núcleo no
transformador.
Com a inclusão do núcleo, o
aproveitamento do fluxo magnético gerado no primário é maior. Entretanto, surge
um inconveniente: o ferro maciço sofre grande aquecimento com a passagem do
fluxo magnético.
Para diminuir esse
aquecimento, utiliza-se ferro silicoso laminado para a construção do núcleo.
Com a laminação do ferro, reduzem-se as correntes
parasitas responsáveis pelo aquecimento do núcleo.
O núcleo de um transformador
é laminado para se reduzirem as correntes parasitas que provocam o seu
aquecimento.
A laminação não elimina o
aquecimento, mas reduz sensivelmente em relação ao ferro maciço.
A Fig.7 mostra os símbolos empregados para representar o
transformador, segundo a norma ABNT.
Fig.7 Símbolo do transformador.
Os traços colocados no
símbolo entre as bobinas do primário e secundário indicam o núcleo de ferro
laminado. O núcleo de ferro é empregado em transformadores que funcionam em
baixas freqüências (50Hz, 60Hz, 120Hz).
Transformadores que
funcionam em freqüências mais altas (kHz) geralmente são montados em núcleo de ferrite. A Fig.8 mostra o símbolo de um transformador com núcleo de ferrite.
Fig.8 Símbolo do transformador com núcleo
de ferrite.
É possível construir
transformadores com mais de um secundário, de forma a obter diversas tensões
diferentes. Esses tipos de transformador podem ser vistos na Fig.9.
Fig.9 Transformadores com mais de
um secundário.
Esse tipo de transformadores
é muito utilizado em equipamentos eletrônicos.
Relação de transformação
A aplicação de uma tensão CA
ao primário de um transformador resulta no aparecimento de uma tensão induzida
no seu secundário.
Aumentando-se a tensão
aplicada ao primário, a tensão induzida no secundário aumenta na mesma
proporção.
Verifica-se para o caso do
exemplo da Fig.10 que a tensão do
secundário é sempre a metade da tensão aplicada no primário.
Fig.10 Transformador com tensão no
secundário igual à metade da tensão no primário.
A relação entre as tensões
no primário (VP) e secundário (VS) depende
fundamentalmente da relação entre o número de espiras no primário (NP) e secundário (NS).
Num transformador com
primário de NP espiras e secundário de NP/2 espiras, a
tensão no secundário
será a metade
da tensão no
primário, ou seja VS = VP/2.
Verifica-se que o resultado
da relação NS/NP é o mesmo da relação VS/VP.
Logo, pode-se escrever :
(1)
O
resultado da relação (VS/VP) é denominado de relação da
transformação.
A relação de transformação
expressa a relação entre a tensão induzida no secundário e a tensão aplicada ao
primário.
Um transformador pode ser
construído de forma a ter qualquer relação de transformação que se necessite. A
Tabela 1 mostra alguns exemplos.
Tabela 1 Algumas relações de
transformação.
Relação de
Transformação
|
Tensões
|
|||
3
|
VS =
3 x VP
|
|||
5,2
|
VS = 5,2 x VP
|
|||
0,3
|
VS = 0,3 x VP
|
|||
TIPOS DE TRANSFORMADORES QUANTO À RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO
Quanto à relação de
transformação, os transformadores podem ser classificados em três grupos:
·
Transformador elevador.
·
Transformador rebaixador.
·
Transformador isolador.
TRANSFORMADOR ELEVADOR
Denomina-se transformador
elevador todo o transformador com uma relação de transformação maior que 1 (NS
> NP).
Devido ao fato de que o
número de espiras do secundário é maior que do primário, a tensão do secundário
será maior que a do primário.
A Fig.11 mostra um exemplo de transformador elevador, com relação de
transformação de 1,5.
Fig.11 Transformador elevador de
relação de transformação 1,5.
Se uma tensão de 100VCA
for aplicada ao primário, a tensão no secundário será de 150V.
TRANSFORMADOR REBAIXADOR
É todo o transformador com
relação de transformação menor que 1 (NS<NP).
Nesse tipo de transformador,
a tensão no secundário é menor que a no primário.
A Fig.12 mostra um exemplo
de transformador rebaixador, com relação de transformação de 0,2.
Fig.12 Transformador rebaixador de
relação de transformação 0,2.
Nesse transformador,
aplicando-se 50VCA no primário, a tensão no secundário será 10V.
Os transformadores
rebaixadores são os mais utilizados em eletrônica, para rebaixar a tensão das
redes elétricas domiciliares (110V ou 220V para tensões de 6V, 12V e 15V
necessárias à maioria dos equipamentos).
TRANSFORMADOR ISOLADOR
Denomina-se de isolador o
transformador que tem uma relação de transformação igual 1 (NS = NP).
Como o número de espiras do
primário é igual ao do secundário, a tensão no secundário é igual à tensão no
primário.
A Fig.13 mostra um exemplo de transformador isolador.
Fig.13 Transformador isolador.
Esse tipo de transformador é
utilizado para isolar eletricamente um aparelho da rede elétrica.
Os transformadores
isoladores são muito utilizados em laboratórios de eletrônica para que a tensão
presente nas bancadas seja eletricamente isolada da rede.
O transformador é um
dispositivo que permite modificar os valores de tensão e corrente em um
circuito de CA.
Em realidade, o
transformador recebe uma quantidade de energia elétrica no primário, transforma
em campo magnético e converte novamente em energia elétrica disponível no
secundário, como pode ser visto na Fig.14.
Fig.14 Conversão de energia
elétrica do primário para o secundário.
A quantidade de energia
absorvida da rede elétrica pelo primário do transformador é denominada de
potência do primário, representada pela notação PP.
Admitindo-se que não existam
perdas por aquecimento do núcleo, pode-se concluir que toda a energia absorvida
no primário está disponível no secundário.
A energia disponível no
secundário é denominada de potência do secundário PS. Se não existem
perdas, pode-se afirmar que:
PP = PS
(2)
A potência do primário
depende da tensão aplicada e da corrente absorvida da rede :
PP = VP ´ IP (3)
A potência do secundário é
produto da tensão pela corrente no secundário:
PS = VS ´ IS (4)
Considerando o transformador
como ideal, pode-se, então escrever:
VS ´ IS = VP
´ IP (5)
A seguir estão colocados
dois exemplos de aplicação da equação.
Exemplo 1:
Um transformador rebaixador
de 110V para 6V deverá alimentar o seu secundário uma carga que absorve uma
corrente de 4,5A. Qual será a corrente no primário?
Solução:
VP = 110V ; VS
= 6V ; IS
= 4,5A ; IP =?
Exemplo 2:
Um transformador elevador de
110V para 600V absorve, no primário, uma corrente de 0,5A. Que corrente está
sendo solicitada no secundário?
Solução:
VP = 110V ; VS = 600V ; IP = 0,5A ; IS =?
POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES COM MAIS DE UM SECUNDÁRIO
Quando um transformador tem
apenas um secundário, a potência absorvida pelo primário é a mesma fornecida no
secundário (considerando que não existe perdas por aquecimento).
Quando existe mais de um
secundário, a potência absorvida da rede pelo primário é a soma das potências
fornecidas a todos os secundários.
A potência absorvida da rede
pelo primário é a soma das potências de todos os secundários.
Matematicamente, pode-se
escrever:
PP = PS1 + PS2
+ …. + PSN
(6)
onde
PP
é a potência absorvida pelo primário;
PS1
a potência fornecida pelo secundário 1;
PS2
a potência fornecida pelo secundário 2;
PSN
a potência fornecida pelo secundário N.
Essa equação pode ser
reescrita usando os valores de tensão e corrente no transformador.
VP ´ IP = (VS1 ´ IS1) + (VS2 ´ IS2) + …..+ (VSN ´ ISN) (7)
A seguir está apresentado um
exemplo de utilização dessa equação.
Exemplo 3:
Determinar a corrente no
primário do transformador da figura abaixo.
Solução:
Os aparelhos eletrônicos
modernos são fabricados de forma a possibilitar a sua utilização tanto em redes
de 110V como 220V.
A seleção normalmente é
feita através de um botão que se encontra na parte posterior do aparelho.
Essa chave, na maioria dos
casos, está ligada ao primário de um transformador.
De acordo com a posição da
chave, o primário é preparado para receber 110V ou 220V da rede elétrica
domiciliar, entregando os mesmos valores de tensão ao secundário.
Existem dois tipos de
transformador, cujo primário pode ser ligado para 110V ou 220V:
·
Transformador 110/220V com primário a 3 fios.
·
Transformador 110/220V com primário a 4 fios.
TRANSFORMADOR PARA ENTRADA EM 110/220V COM PRIMÁRIO A TRÊS FIOS
O primário de um
transformador 110/220V a três fios se constitui de uma bobina para 220V com uma
derivação central, como ilustrado na Fig.15.
Fig.15 Transformador com primário a
três fios.
A derivação central permite que se utilize apenas
uma das metades do primário, aplicando 110V entre um dos extremos e a derivação
central.
A Fig.16 mostra a ligação desse tipo de transformadores para seleção
de 110/220V através de uma chave.
Fig.16 Seleção de 110 para 220V.
A chave utilizada para
seleção 110/220V é normalmente de dois pólos, duas posições e deslizante,
também conhecida como HH. A Fig.17
mostra o aspecto real e o símbolo da chave.
Fig.17 Chave HH e seu símbolo.
Nesse tipo de chave, cada um
dos terminais centrais é ligado a um dos extremos ou ao outro, como mostrado na
Fig.18.
Fig.18 Posições das chaves HH.
Cada uma das seções (B A C e
E D F) são independentes eletricamente.
Normalmente as duas seções
da chave são utilizadas em paralelo, conforme mostra o esquema da Fig.19 e a montagem real da Fig.20.
Fig.19 Esquema da seleção
de 110 para 220V com a chave HH.
Fig.20 Montagem de um
transformador 110/220 V om primário a três fios
TRANSFORMADOR PARA ENTRADA EM 110/220V COM PRIMÁRIO A QUATRO FIOS
O primário dos
transformadores 110/220V a quatro fios é formado de duas bobinas para 110V
eletricamente isoladas entre si, como ilustrado na Fig.21.
Fig.21 Transformador com primário a
quatro fios.
Para ligação em 220V, as
duas bobinas do primário devem ser ligadas em série, como pode ser visto na Fig.22.
Fig.22 Ligação em 220V.
É importante observar que,
nesta ligação, o fim da bobina primária superior está ligado com o início da
bobina inferior. Essa ordem não pode ser modificada.
Em um transformador para
entrada 110/220V com primário a 4 fios, a ligação para 220V é feita colocando
as bobinas do primário em série, observando a identificação dos fios.
Para a ligação em 110V, as
duas bobinas do primário têm que ser ligadas em paralelo. A Fig.23 mostra a ligação para 110V.
Fig.23 Ligação para 110V.
Também na ligação para 110V,
a ordem de ligação dos fios é importante.
Conforme mostra a Fig.23, na ligação para 110V os inícios
de bobinas são ligados juntos e os fins também.
Em um transformador para
entrada 110/220V com primário a 4 fios, a ligação para 110V é feita colocando
as duas bobinas primárias em paralelo, respeitando a identificação dos fios.
A troca de tensões
110/220V pode ser realizada através de uma chave HH, como mostrado na Fig.24. Na posição 110V os terminais I1
e I2 ficam em ponte através da chave e conectados a rede. Os
terminais I2 e F2 também.
Fig.24 Chave HH na posição 110V.
Na posição 220V, I1
e F2 ficam direto à rede e F1 e I2 ligados em
ponte, como ilustrado na Fig.25.
Fig.25 Chave HH na posição 220V.
A Fig.26 mostra o aspecto real da ligação.
Fig.26 Ligação do transformador com
primário a quatro fios.
INSTALAÇÃO DE FUSÍVEL E CHAVE LIGA/DESLIGA
Em todo o equipamento
elétrico ou eletrônico é necessário dispor de dispositivos de comando tipo
liga/desliga e de dispositivos de proteção que evitem danos maiores em caso de
situações anormais.
Tanto os dispositivos de
controle como os de proteção, normalmente são instalados na entrada de energia
do circuito, antes do transformador.
Para a proteção do
equipamento normalmente se utiliza um fusível, cuja função é romper-se caso a
corrente absorvida da rede se eleve, devido alguma anormalidade.
Normalmente o fusível também
é colocado antes do transformador. A Fig.27
mostra as posições da chave liga/desliga e do fusível de proteção.
Fig.27 Chave liga/desliga e fusível
de proteção.
O fusível é dimensionado
para um valor de corrente um pouco superior a corrente necessária para o
primário do transformador. Havendo uma sobrecarga, o fusível se rompe, cortando
a entrada de energia do transformador.
Alguns equipamentos tem mais
de um fusível, colocando um fusível geral antes do transformador e outros após,
de acordo com a necessidade.
A Fig.28 mostra o aspecto real de um circuito de entrada de energia
de um aparelho eletrônico.
Fig.28 Circuito de entrada típico.
Observa-se que tanto na
ligação para 110V como para 220V, a ordem de início e fim das bobinas é
importante. Normalmente os quatro fios do primário são coloridos e o esquema
indica os fios, como ilustrado na Fig.29.
Fig.29 Identificação dos terminais
do transformador.
A Fig.30 mostra como seriam realizadas as ligações para 110 e 220V
usando o transformador apresentado como exemplo.
Fig.30 Ligações para 110 e 220V.
Quando não se dispõe do
esquema do transformador com as cores dos fios, é necessário realizar um
procedimento para identificá-los, uma vez que caso a ligação seja realizada
incorretamente, o primário do transformador será danificado irreversivelmente.
O procedimento é o seguinte:
·
Identificar com o ohmímetro o par de fios que corresponde a cada
bobina.
Sempre que o ohmímetro
indicar continuidade, os dois fios medidos são da mesma bobina, como pode ser
visto na Fig.31.
Fig.31 Identificação dos
fios de cada bobina.
Esse procedimento, além de
determinar os fios de cada bobina permite testar se as bobinas do transformador
estão em boas condições.
·
Separar os pares de fio de cada bobina e identificar os fios de cada
uma delas com início e fim (I1, F1 e I2, F2),
como ilustrado na Fig.32.
Fig.32 Separação e identificação
dos fios das bobinas.
A identificação de início e
fim pode ser feita aleatoriamente em cada bobina. Posteriormente, essa
identificação será testada para verificar se está correta.
·
Interligar as bobinas do primário em série.
·
Aplicar no secundário uma tensão CA de valor igual a tensão nominal do
secundário.
Por exemplo, em um
transformador 110/220V para 6V (6VCA no secundário), deve-se aplicar a tensão
de 6V no secundário.
No transformador usado como
exemplo, aplicando 220V no primário, obtém-se 6V no secundário. Isto significa que, aplicando 6V no
secundário, deve-se obter 220V no primário (em série).
Assim, pode-se verificar se
a identificação dos fios está correta medindo-se a tensão nos extremos do
primário.
Medindo-se 220V nos extremos
do primário, a identificação está correta. Por outro lado, encontrando-se 0V, a
identificação está errada.
Nesse caso, para corrigir a
identificação, deve-se trocar apenas a identificação de uma das bobinas (I1
por F1 ou I2 por F2), como mostrado na Fig.33.
Fig.33 Correção da
identificação de uma das bobinas.
É conveniente repetir o
teste para verificar se os 220V são obtidos no primário.
ESPECIFICAÇÃO DE TRANSFORMADORES
A especificação técnica de
um transformador deve fornecer:
·
As tensões do primário.
·
As tensões e correntes do secundário.
A especificação 110/220V,
6V-1A, 30V-0,5A representa um transformador com as seguintes características :
·
Primário com entrada para 110V ou 220V.
·
Dois secundários (um para 6V-1A e outro para 30V-0,5A).
A tensão no secundário de um
transformador é gerada quando o fluxo magnético variável do primário corta as
espiras do secundário.
Como a tensão induzida é
sempre oposta a tensão indutora, conclui-se que a tensão no secundário tem
sentido contrário a do primário.
Isto significa que a tensão
no secundário está defasada 180º da tensão no primário; ou seja, quando a
tensão no primário aumenta num sentido, a tensão do secundário aumenta no
sentido oposto, como ilustrado na Fig.34.
Fig.34 Defasagem da tensão do
secundário em relação à do primário.
PONTO DE REFERÊNCIA
Para um transformador ligado
em CA, observa-se que no secundário, a cada momento, um terminal é positivo e o
outro é negativo. Após algum tempo, existe uma troca de polaridade: o terminal
que era positivo torna-se negativo, e vice-versa, como pode ser visto na Fig.35.
Fig.35 Inversão da polaridade no
secundário.
Nos equipamentos eletrônicos
é comum um dos terminais dos transformadores ser utilizado como referência,
sendo ligado ao terra do circuito.
Nesse caso, o potencial do
terminal aterrado é considerado como
sendo 0V, não apresentando polaridade.
Isso não significa que não
ocorra a troca de polaridade no secundário do transformador.
Em um semiciclo da rede, o
terminal livre é positivo com relação ao terminal de referência que está
aterrado.
No outro semiciclo da rede,
no entanto, o terminal livre é negativo com relação ao potencial de referência,
como pode ser visto na Fig.36.
Fig.36 Polaridade do terminal
livre com respeito ao terra.
TRANSFORMADOR COM DERIVAÇÃO CENTRAL NO SECUNDÁRIO
Os transformadores com
derivação central no secundário (Center Tap) encontram ampla utilização em
eletrônica. Na maioria dos casos, o terminal central é utilizado como
referência, sendo ligado ao terra do circuito eletrônico, como ilustrado na Fig.37.
Fig.37 Transformador com derivação
central aterrada.
Durante o funcionamento
desse tipo de transformador ocorre uma formação de polaridades bastante
singular. Em um dos semiciclos da rede, um dos terminais livres do secundário
tem potencial positivo com relação à referência, e o outro terminal tem
potencial negativo. Observa-se que a inversão de fase (180º) entre primário e
secundário cumpre-se perfeitamente.
No outro semiciclo, há uma
troca entre as polaridades dos extremos livres do transformador, enquanto o
terminal central permanece a 0V, como pode ser visto na Fig.38.
Fig.38 Terminal central
sempre a 0V na troca entre polaridades
Em um transformador em que o
secundário disponha de uma derivação central, pode-se conseguir
instantaneamente tensões negativas e positivas. Para isso, utiliza-se o
terminal central como referência.
Isso pode ser observado usando-se um
osciloscópio, como pode ser visto na Fig.39.
Fig.39 Defasagem entre as tensões no
secundário de um transformador com derivação central.
A especificação técnica de
um transformador em que o secundário tenha derivação central deve ser feita da
seguinte forma: características do primário (por exemplo, 110/220V), indicação
do secundário (por exemplo, 12V com 6V entre a derivação e cada extremo) e
corrente no secundário (por exemplo, 1A).
bom trabalho parabens!
ResponderExcluirMARAVILHOSO!VAI AJUDAR MUITO OS QUE SE ESFORÇAM P/ APRENDER ELETRONICA.
ResponderExcluirmuito bom agora vc poderia fazer um esquema tambem de uma pistola de derreter estanho obrigado
ResponderExcluirmeu email é designtoldos@gmail.com
Esse esquema tenho em uma revista.....vou procurar e posto ela.....
Excluirmuito bom podria fazer uma pistola de solda de estanho tambem meu email é designtoldos@gmail.com
ResponderExcluirmuito bom agora vc poderia fazer um esquema tambem de uma pistola de derreter estanho obrigado
ResponderExcluirmeu email é designtoldos@gmail.com
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faltou esquema de entrada -primário 120v, para saída de 220 v. situação para bobinar, onde existe um fio que não completa uma espira e esta uma ponta na entrada-primário e outra ponta saída- secundário, ambas as pontas que não é uma espira e independente das espiras do primário e do secundário de um Trafo elevador- mostre este esquema, que aqui na sua lista não consta.
ResponderExcluirBom trabalho, resolveu um problema que tinha aqui, parabéns.
ResponderExcluirPapai Noel, muito grato pelas boas informações contidas no texto acima. Aproveitando o ensejo, gostaria de pedir um presente de natal ao Sr.: diagrama + explicações de uma fonte CC variável de 0 (ou perto disso) à 20 V e intensidade de corrente em 30A. Segundo pedido (no natal pode!): fonte de 12V CC com variação de corrente. Aqui entra a idéia do enrolamento do primário com muitas (e convenientes) derivações que serão conectadas à uma chave de 10 posições. Por favor, estou precisando muito!!! Belo trabalho, obrigado!
ResponderExcluirRonaldo.
ronaldog.321@hotmail.com
Alguém sabe se é possível montar um inversor DC 12V e obter na saída do transformador trifásico.
ResponderExcluirresponda p: MegatronTI@megatronti.com
ResponderExcluirmuito bom o artigo ,gostei,poderia me responder, comprei uma maquina de solda nagano, q possui duas bobinas no primario, quatro fio ela e 110v, se eu ligasse em serie, funcionaria em 220v, ela veio em 110v com as bobinas ligadas em paralelo,grato
ResponderExcluirEm primeiro lugar parabéns pelo blog, sou um eterno aprendiz de eletrônica e estou com problemas num amplificador.
ResponderExcluirmeu amplificador queimou do nada, abri pra ver e percebi que o transformador e os 4 diodos que acredito ser o de retificação torraram-se todos. Mandei reformar o transformador , troquei os diodos (1N5398) por outro diodo equivalentes, também troquei os 4 transistor (TIP 41 C ), indêntifiquei a ligação do primário e religuei os fios, no secundário que são 3 fios 1 Branco e 2 azuis liguei o Branco no meio do secundário e os 2 fios azuis nas extremidades, minha duvida é se existem polarização dos fios azuis do secundário? pois quando ligo o amplificador por apenas alguns segundos os resistores esquentam muito daí fico com medo de queimar e desligo. Também gostaria de saber qual amperagem do fusível que devo usar nesse amplificador, pois prá testar coloquei um fusível de 5 amp. e não sei calcular se é muito ou pouco, lembrado que meu amplificador é um multiuso LL 300 da LLaudio . com entrada 110/220volts.
Se puder me ajudar ficarei muito agradecido e que Deus nos abençoe sempre.
Att.
Eri Moreira
Oi eri , não os fios do secundário não possuem ordem , tanto faz a posição deles, sendo só eles mesmos na saída. Quanto ao aquecimento de resistores , vc verificou a potencia deles caso tenha sido trocados ??? Pode ser um transistor aterrado causando elevação de corrente no circuito sobre os resistores , vc tem o esquema ??? não encontrei aqui . Abraços
ExcluirMuito legal essa matéria. Eu gostei muito, porque tirou muitas dividas que eu ainda tinha, em relação ao assunto. Parabéns.
ResponderExcluirMuito bom seu trabalho , queria poder referenciá-lo no meu trabalho . Qual o nome do autor e os demais dados? Desde já agradeço
ResponderExcluirMuito legal essa matéria. Eu gostei muito, porque tirou muitas dividas que eu ainda tinha, em relação ao assunto. Parabéns.
ResponderExcluirMuito interessante sua explicação , mas para quem tem um pouco de conhecimento em eletrica...como sou leigo...nada entendi...minha pergunta é a seguinte..comprei um tranformador de 1000w...um lado marca 220v...outro lado 110v...ele pode ser usado na tensão 220v x 110v e 110v x 220v ? quando comprei eu pedi 220v x 110 !
ResponderExcluirPor favor amigo, tenho um transformador com 6 entradas no primario e 6 no secundario. Nao imagino como conecto os fios.pode me ajudar?
ResponderExcluirAmigo. Tenho um transformador com 6 entradas no primario e 6 no secundario, nao imagino como ligar os fios. Pode me ajudar?
ResponderExcluirConteúdo muito bom, estava com dificuldade para encontrar algum site/fonte que falasse sobre esse assunto, não sei se verá esse comentário, mas caso veja, poderia indicar um material para aprofundamento sobre esse tema ?
ResponderExcluirDesde já agradeço!