Missão do Sistema SENAI
Contribuir para o fortalecimento da indústria e o desenvolvimento
pleno e sustentável do País, promovendo a educação para o trabalho e a
cidadania, a assistência técnica e tecnológica, a produção e disseminação
de informação e a adequação, geração e difusão de tecnologia.
APLICAÇÃO DE TENSÃO SOBRE O DIODO
A aplicação de tensão sobre o diodo estabelece a forma como o componente se comporta eletricamente. A tensão pode ser aplicada ao diodo pela polarização direta ou pela polarização inversa do componente, conforme examinado a seguir.
POLARIZAÇÃO DIRETA
Polarização direta é uma condição que ocorre quando o lado p é submetido a um potencial positivo relativo ao lado n do diodo, conforme ilustrado na Fig. 17.
Nessa situação, o pólo positivo da fonte repele as lacunas do material p em direção ao pólo negativo, enquanto os elétrons livres do lado n são repelidos do pólo negativo em direção ao pólo positivo.
Nessa situação, o pólo positivo da fonte repele as lacunas do material p em direção ao pólo negativo, enquanto os elétrons livres do lado n são repelidos do pólo negativo em direção ao pólo positivo.
Na situação ilustrada na Fig.18, o valor da tensão aplicada ao diodo é inferior ao valor VB da barreira de potencial. Nessa condição, a maior parte dos elétrons e lacunas não têm energia suficiente para atravessar a junção .
Como resultado, apenas alguns elétrons e lacunas têm energia suficiente para penetrar a barreira de potencial, produzindo uma pequena corrente elétrica através do diodo
Quando o diodo está polarizado diretamente, conduzindo corrente elétrica sob a condição V > VB, diz-se que o diodo está em condução.
POLARIZAÇÃO INVERSA
A polarização inversa de um diodo ocorre quando o lado n fica submetido a um potencial positivo relativo ao lado p do componente, como mostrado na Fig.20.
Nessa situação, os pólos da fonte externa atraem os portadores livres majoritários em cada lado da junção; ou seja, elétrons do lado n e lacunas do lado p são afastados das proximidades da junção, conforme ilustrado na Fig.21.
Com o aumento da barreira de potencial, torna-se mais difícil o fluxo, através da junção, de elétrons injetados pela fonte no lado p e de lacunas no lado n. Como resultado, a corrente através do diodo tende praticamente a um valor nulo.
Quando o diodo está sob polarização inversa, impedindo o fluxo de corrente através de seus terminais, diz-se que o diodo está em bloqueio ou na condição de corte.
CARACTERÍSTICA ELÉTRICA DO DIODO SEMICONDUTOR
É
sempre conveniente modelar um determinado componente eletrônico através de seu circuito equivalente. O circuito
equivalente é uma ferramenta largamente utilizada em eletrônica para
representar um componente com características não comuns, por um circuito
consistindo de componentes mais simples, tais como interruptores, resistores,
capacitores etc.
No
caso do diodo semicondutor, o circuito equivalente se torna bastante
simplificado quando o diodo é considerado ideal, conforme descrito a
seguir.
O DIODO SEMICONDUTOR IDEAL
Por diodo
ideal entende-se um dispositivo que apresenta características ideais de
condução e bloqueio.
Um
diodo ideal, polarizado diretamente, deve conduzir corrente elétrica sem
apresentar resistência, comportando-se como um interruptor fechado, como
ilustrado na segunda linha da Tabela 1.
O interruptor fechado é, portanto, o circuito equivalente para o diodo ideal em
condução.
Polarizado
inversamente, o diodo semicondutor ideal deve comportar-se como um isolante
perfeito, impedindo completamente o fluxo de corrente. O interruptor aberto
ilustrado na terceira linha da Tabela 1 é,
portanto, o circuito equivalente para o diodo ideal na condição de corte.
Em
resumo, o diodo ideal comporta-se como um interruptor, cujo estado é controlado
pela tensão aplicada aos seus terminais.
Tabela 1 Circuitos equivalentes para
o diodo ideal.
MODELO SEMI-IDEAL DO DIODO SEMICONDUTOR
O
diodo ideal é um modelo simplificado do diodo real, pois naquele modelo alguns
parâmetros relacionados à fabricação e às propriedades de materiais
semicondutores são desprezados. Modelos mais realísticos do diodo operando em
condução ou em bloqueio são descritos a seguir.
Diodo em condução
Com
respeito às características de condução do diodo semicondutor, deve-se levar em
conta que o diodo entra em condução efetiva apenas a partir do momento em que a
tensão da fonte externa atinge um valor ligeiramente superior ao valor VB
da barreira de potencial.
Deve-se
também considerar a existência de uma resistência elétrica através da junção
quando o diodo está sob polarização direta. Essa resistência existe em qualquer
semicondutor, devido a colisões dos portadores com a rede cristalina do
material. O valor da resistência interna
dos diodos em estado de condução é normalmente inferior a 1W.
Assim, um modelo mais aprimorado para o circuito equivalente do diodo em condução pode ser obtido pela associação série de um resistor Rc, representativo da resistência direta de condução, com uma fonte de tensão VB correspondente ao valor da barreira de potencial na junção, como mostrado na Fig.22.
Em situações em que o diodo é utilizado em série com
componentes que exibem resistências muito superiores à sua resistência de
condução, esta pode ser desprezada e o diodo pode ser considerado como ideal,
sem que se incorra em um erro significativo.
No circuito da Fig.23, por exemplo, o valor da resistência externa é 1.500 vezes superior à resistência de condução do diodo, e o erro relativo cometido no cálculo da corrente do circuito ao se considerar o diodo como ideal é de apenas 1,5%.
Diodo em bloqueio
Efeitos associados à temperatura e a absorção de fótons nas
proximidades da junção de um diodo, possibilitam a geração de uma pequena
quantidade de portadores minoritários,
ou mais precisamente, lacunas no lado n
e elétrons livres no lado p.
Conseqüentemente, sempre existe uma corrente
de fuga, quando o diodo é
inversamente polarizado, correspondendo à passagem de portadores minoritários
através da junção. Essa corrente de fuga
é geralmente da ordem de alguns microampères, o que indica que a resistência da
junção inversamente polarizada pode chegar a vários megahoms.
CURVA CARACTERÍSTICA DO DIODO
O comportamento de qualquer
componente eletrônico pode ser expresso através de uma curva característica ou curva
VI que representa a relação entre
tensão e corrente através dos terminais do componente. Dessa forma, para cada
valor da tensão aplicada, pode-se, a partir dos dados da curva característica,
obter o valor da corrente que flui no dispositivo e vice-versa. A curva característica do diodo serve para
determinar seu comportamento real qualquer que seja o seu estado de
polarização, conforme examinado a seguir.
Região de condução
Fig.28 Curva característica para um tipo comum de diodo de silício.
Região de bloqueio
LIMITES DE OPERAÇÃO DO DIODO
Os limites de operação do diodo em cc estabelecem os valores máximos de tensão e corrente que podem ser aplicados ao componente em circuitos de corrente contínua, sem provocar danos a sua estrutura.
Analisando o comportamento do diodo no regime de condução, verifica-se que a corrente de condução é o fator diretamente influenciado pelo circuito de alimentação do diodo. A queda de tensão nos terminais do diodo no regime de condução é praticamente independente do circuito, mantendo-se em um valor próximo ao valor do potencial da barreira do dispositivo, ou seja, 0,7 V para o silício e 0,3 V para o germânio.
No regime de polarização inversa, a tensão através do diodo é o parâmetro diretamente influenciado pelo circuito de alimentação. A corrente de fuga não é muito influenciada pelo circuito externo pois depende apenas das propriedades materiais do diodo.
Dessa forma, os limites de operação do diodo são definidos pela corrente de condução máxima e tensão inversa máxima descritas a seguir.
Dessa forma, os limites de operação do diodo são definidos pela corrente de condução máxima e tensão inversa máxima descritas a seguir.
Corrente de condução máxima
A corrente máxima de condução de um diodo é fornecida pelo fabricante em um folheto de especificações técnicas. Nesses folhetos, a corrente máxima de condução aparece designada pela sigla IF, com a abreviação F simbolizando a palavra inglesa forward que significa para a frente, direto(a) etc. Na Tabela 2 são especificados valores de IF para dois tipos comerciais de diodos.
Sob polarização inversa, o diodo opera no regime de bloqueio. Nessa condição, praticamente toda tensão externamente aplicada atua diretamente entre os terminais do diodo, conforme ilustrado na Fig.31.
Cada diodo tem a estrutura preparada para suportar um determinado valor máximo da tensão inversa. A aplicação de um valor de tensão inversa superior àquele especificado pelo fabricante, provoca um aumento significativo da corrente de fuga suficiente para danificar o componente.
Os fabricantes de diodos fornecem nos folhetos de especificação o valor da tensão inversa máxima que o diodo suporta sem sofrer ruptura. Esse valor é designado por VR. Na Tabela 3 estão listadas as especificações de alguns diodos comerciais com os respectivos valores do parâmetro VR.
Tabela 3 Especificações de diodos e tensões inversas máximas correspondentes.
TESTE DE DIODOS SEMICONDUTORES
As condições de funcionamento de um diodo podem ser verificadas pela medição da resistência através de um multímetro.
Os testes realizados para determinar as condições de um diodo resumem-se a uma verificação da resistência do componente nos sentidos de condução e bloqueio, utilizando a tensão fornecida pelas baterias do ohmímetro. Entretanto, existe um aspecto importante com relação ao multímetro que deve ser considerado ao se testarem componentes semicondutores:
Existem alguns multímetros que, quando usados como ohmímetros, têm polaridade real invertida com relação à polaridade indicada pelas cores das pontas de prova.
Isso implica que, para estes multímetros:
Ponta de prova preta ==> Terminal positivo
Ponta de prova vermelha ==> Terminal negativo
A corrente máxima de condução de um diodo é fornecida pelo fabricante em um folheto de especificações técnicas. Nesses folhetos, a corrente máxima de condução aparece designada pela sigla IF, com a abreviação F simbolizando a palavra inglesa forward que significa para a frente, direto(a) etc. Na Tabela 2 são especificados valores de IF para dois tipos comerciais de diodos.
Tabela 2 Valores de IF para dois diodos.
TIPO
|
IF
|
SKE 1/12
|
1,0 A
|
1n4004
|
1,0 A
|
Tensão inversa máxima
Cada diodo tem a estrutura preparada para suportar um determinado valor máximo da tensão inversa. A aplicação de um valor de tensão inversa superior àquele especificado pelo fabricante, provoca um aumento significativo da corrente de fuga suficiente para danificar o componente.
Os fabricantes de diodos fornecem nos folhetos de especificação o valor da tensão inversa máxima que o diodo suporta sem sofrer ruptura. Esse valor é designado por VR. Na Tabela 3 estão listadas as especificações de alguns diodos comerciais com os respectivos valores do parâmetro VR.
Tabela 3 Especificações de diodos e tensões inversas máximas correspondentes.
TIPO
|
VR
|
1N4001
|
50 V
|
BY127
|
800 V
|
BYX13
|
50 V
|
SKE1/12
|
1.200 V
|
TESTE DE DIODOS SEMICONDUTORES
As condições de funcionamento de um diodo podem ser verificadas pela medição da resistência através de um multímetro.
Os testes realizados para determinar as condições de um diodo resumem-se a uma verificação da resistência do componente nos sentidos de condução e bloqueio, utilizando a tensão fornecida pelas baterias do ohmímetro. Entretanto, existe um aspecto importante com relação ao multímetro que deve ser considerado ao se testarem componentes semicondutores:
Existem alguns multímetros que, quando usados como ohmímetros, têm polaridade real invertida com relação à polaridade indicada pelas cores das pontas de prova.
Isso implica que, para estes multímetros:
Ponta de prova preta ==> Terminal positivo
Ponta de prova vermelha ==> Terminal negativo
Para realizar o teste com segurança deve-se utilizar um multímetro cuja polaridade real das pontas de prova seja conhecida ou consultar o esquema do multímetro para determinar as polaridades reais.
EXECUÇÃO DO TESTE
EXECUÇÃO DO TESTE
Para determinar se o diodo está defeituoso, não é necessário identificar os terminais do ânodo e do cátodo. Basta apenas conectar as pontas de prova do multímetro aos terminais do diodo e alterná-las para verificar o comportamento do diodo quanto às duas polaridades possíveis.
A seguir são descritos possíveis testes de diodos que podem ser realizados com o multímetro:
Diodo em boas condições: O ohmímetro deve indicar baixa resistência para um sentido de polarização e alta resistência ao se inverterem as pontas de prova nos terminais do diodo, conforme ilustrado na Fig.32.
Diodo em curto: Se as duas leituras indicarem baixa resistência, o diodo está em curto, conduzindo corrente elétrica nos dois sentidos.
Diodo aberto (interrompido eletricamente): Se as duas leituras indicarem alta resistência o diodo está em aberto, bloqueando a passagem de corrente elétrica nos dois sentidos.
Identificação do ânodo e cátodo de um diodo: Em muitas ocasiões, a barra de identificação do cátodo no corpo de um diodo pode estar apagada. Nessas situações, os terminais do diodo poderão ser identificados com auxílio do multímetro. O diodo exibe baixa resistência quando a ponta de prova com a polaridade real positiva é conectada ao ânodo. Basta, portanto, testar o diodo conectando-se as pontas de prova nas duas posições possíveis. Quando o multímetro indicar baixa resistência, o seu ânodo estará conectado à ponta de prova com polaridade real positiva.
Esta sendo editado , então nem estranhem ele incompleto ....
ResponderExcluirMe perdoem , por algum motivo a formatação de texto ta muito ruim , Depois instalo outro navegador . Abraços Tony
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