Missão do
Sistema SENAI
Contribuir para o fortalecimento da indústria e o desenvolvimento
pleno e
sustentável do País, promovendo a educação para o trabalho e a
cidadania, a assistência técnica e tecnológica, a produção e disseminação
de
informação e a adequação, geração e difusão de tecnologia.
Participar do processo de modernização industrial decorrente da
Adoção
de novas tecnologias, elegendo prioridades em nível nacional.
Os capacitores despolarizados
podem funcionar em corrente alternada devido ao fato de que cada uma das suas
armaduras pode receber tanto potencial positivo como negativo.
Capacitores
despolarizados podem ser ligados em CA.
Os capacitores polarizados
não podem ser conectados a CA porque a troca de polaridade provoca danos ao
componente.
FUNCIONAMENTO DO CAPACITOR EM CA
Quando um capacitor é
conectado a uma fonte de corrente alternada as suas armaduras estão submetidas
à troca sucessiva de polaridade da tensão aplicada. A Fig.1 ilustra este fato.
Fig.1 Troca de polaridade
das armaduras de um capacitor.
A cada semiciclo, a armadura
que recebe potencial positivo entrega elétrons à fonte, enquanto a armadura que
está ligada ao potencial negativo recebe elétrons, como ilustrado na Fig.2.
Fig.2 Retirada e entrega de
elétrons às armaduras do capacitor.
Com a troca sucessiva de
polaridade, uma mesma armadura durante um semiciclo recebe elétrons da fonte e
no outro devolve elétrons para a fonte, como mostrado na Fig.3.
Fig.3 Inversão da polaridade nas
armaduras de um capacitor.
Há, portanto, um movimento
de elétrons ora entrando, ora saindo da armadura.
Isto significa que circula
uma corrente alternada no circuito, embora as cargas elétricas não passem de
uma armadura do capacitor para a outra através do dielétrico.
Um capacitor ligado a uma fonte
de CA permite a circulação de corrente num circuito.
REATÂNCIA CAPACITIVA
Os processos de carga e
descarga sucessivas de um capacitor ligado em CA dá origem a uma resistência à
passagem da corrente no circuito. Esta resistência
é denominada de reatância capacitiva.
Reatância capacitiva é
a oposição que um capacitor apresenta à circulação de corrente em circuitos de
CA.
A reatância capacitiva é
representada pela notação Xc e é expressa em ohms.
A reatância capacitiva Xc é expressa pela equação:
(1)
onde
Xc
= reatância capacitiva em W.
2p =
constante (6,28).
f =
freqüência da corrente alternada em Hz.
C = capacitância do capacitor em
F.
Como a capacitância normalmente não é expressa em
Farad e sim em um submúltiplo, pode-se operar a Eq.(1) de forma a poder usar o valor do capacitor em mF.
(2)
Exemplo 1:
Calcular a reatância de um
capacitor de 100nF quando conectado a uma rede de CA de freqüência 60Hz.
Dados :
f = 60Hz
C = 100nF ou 0.1mF
Solução :
FATORES QUE INFLUENCIAM REATÂNCIA CAPACITIVA
Verifica-se através da
equação que a reatância capacitiva de um capacitor depende apenas da sua
capacitância e da freqüência da rede CA.
A reatância capacitiva
de um capacitor depende apenas da sua capacitância e da freqüência da rede CA.
O gráfico da Fig.4 mostra o comportamento da
reatância capacitiva com a variação da freqüência da CA.
Fig.4 Reatância versus freqüência.
Pelo gráfico, verifica-se
que a reatância capacitiva diminui com o aumento da freqüência.
A reatância capacitiva
diminui com o aumento da freqüência.
No gráfico da Fig.5 tem-se o comportamento da
reatância capacitiva com a variação da capacitância.
Fig.5 Reatância versus
capacitância.
A reatância capacitiva diminui
com o aumento da capacitância.
Na equação da reatância não
aparece o valor de tensão. Isto significa que a reatância capacitiva é
independente do valor de tensão CA aplicada ao capacitor.
A reatância capacitiva não
depende do valor de tensão CA aplicada aos terminais do capacitor.
A tensão aplicada ao
capacitor irá influenciar apenas na corrente circulante no circuito.
RELAÇÃO ENTRE TENSÃO CA, CORRENTE CA E REATÂNCIA CAPACITIVA.
Quando um capacitor é
conectado a uma fonte de CA, estabelece-se um circuito elétrico. Neste circuito
estão em jogo três valores:
·
Tensão aplicada.
·
Reatância capacitiva.
·
Corrente circulante.
Esses três valores estão
relacionados entre si nos circuitos de CA da mesma forma que nos circuitos de
CC, ou seja, através da lei de Ohm, como ilustrado na Fig.6.
Fig.6 Relação entre tensão
aplicada, reatância capacitiva e corrente.
Exemplo 2:
Um capacitor de 1mF é conectado a uma rede de
CA 220V e 60Hz. Qual a corrente circulante no circuito?
Solução :
Deve-se lembrar que os
valores de V e I são eficazes, ou seja, são valores que serão indicados por um
voltímetro e um miliamperímetro de CA conectados ao circuito.
Toda vez que se refere à
tensão ou corrente em CA, esses valores são eficazes, a menos que se
especifique de forma diferente (Vp, Vpp ou Ip,
Ipp).
DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DA CAPACITÂNCIA DE UM CAPACITOR
Quando a capacitância de um
capacitor despolarizado é desconhecida, é possível determiná-la por processo
experimental.
Conecta-se o capacitor a uma
fonte de CA com tensão e freqüência conhecidos e determina-se a corrente com um
amperímetro de CA, como ilustrado na Fig.7.
O valor de tensão de pico da CA aplicada deve ser inferior à tensão de trabalho
do capacitor.
Fig.7 Determinação de uma
capacitância experimentalmente.
Conhecendo-se os valores de tensão e corrente no
circuito, determina-se a reatância capacitiva do capacitor da seguinte forma :
(3)
onde
Vc = tensão
no capacitor.
Ic = corrente
no circuito.
Utilizando os valores
disponíveis determina-se a capacitância.
Este processo também pode
ser utilizado para determinação da capacitância de uma associação de
capacitores, desde que sejam despolarizados.
Os capacitores, assim como
os resistores podem ser conectados entre si formando uma associação em série,
paralela ou mista.
As associações paralela e
série são encontradas na prática, as mistas dificilmente são utilizados.
ASSOCIAÇÃO PARALELA DE CAPACITORES
A associação paralela de
capacitores tem por objetivo obter maiores valores de capacitância.
A Fig.8 mostra uma associação paralela de capacitores e sua
representação simbólica.
Fig.8 Associação paralela de
capacitores.
Esta associação tem
características particulares com relação à capacitância total e a tensão de
trabalho.
CAPACITÂNCIA TOTAL DA ASSOCIAÇÃO PARALELA
A capacitância total da associação paralela é a
soma das capacitâncias individuais.
Matematicamente, a
capacitância total de uma associação paralela é dada pela equação:
CT = C1 + C2
+ …..Cn.
(4)
onde
CT = capacitância
total da associação.
C1 = capacitância
de C1.
C2 = capacitância
de C2.
Cn = capacitância
do capacitor Cn.
Para executar a soma, todos os valores devem ser
convertidos à mesma unidade.
Exemplo 3:
Qual a capacitância total da associação paralela de
capacitores mostradas nas figuras abaixo.
TENSÃO DE TRABALHO DA ASSOCIAÇÃO PARALELA
Considere todos os
capacitores associados em paralelo da Fig.9.
Eles recebem a mesma tensão aplicada ao conjunto.
Fig.9 Capacitores em paralelo
recebendo a mesma tensão de 10V.
Assim, a máxima tensão que
pode ser aplicada a uma associação paralela é a daquele capacitor que tem menor tensão de trabalho.
Exemplo 4:
Qual a máxima tensão que pode ser aplicada nas
associações apresentadas nas figuras a seguir?
Solução :
As
tensões máximas são 150V e 63V, respectivamente.
É importante lembrar ainda
dois aspectos:
·
Deve-se evitar aplicar a um capacitor a tensão máxima que este suporta.
·
Em CA, a tensão máxima é a tensão de pico. Um capacitor com tensão
eficaz máxima de 70V (70V eficazes correspondem a uma tensão CA com pico de
100V).
ASSOCIAÇÃO PARALELA DE CAPACITORES POLARIZADOS
Ao se associarem capacitores
polarizados em paralelo, os terminais positivos dos capacitores devem ser
ligados em conjunto entre si e os negativos da mesma forma, como mostrado na Fig.10
Fig.10 Associação paralela de
capacitores polarizados.
Na associação paralela de
capacitores: (1) a capacitância total é a soma das capacitâncias individuais,
(2) a tensão máxima da associação é a do capacitor com menor tensão de trabalho
e (3) ao associarem-se capacitores polarizados, os terminais de mesma
polaridade são ligados entre si.
Deve-se lembrar que
capacitores polarizados só podem ser utilizados em CC,
porque não
há troca de polaridade da tensão.
ASSOCIAÇÃO SÉRIE DE CAPACITORES
A associação série de
capacitores tem por objetivo obter capacitâncias menores ou tensões de trabalho
maiores.
A Fig.11 mostra uma associação série de dois capacitores e sua representação
simbólica.
Fig.11 Associação série de
capacitores.
CAPACITÂNCIA DA ASSOCIAÇÃO SÉRIE
Quando se associam
capacitores em série, a capacitância total é menor que o valor do menor
capacitor associado.
A capacitância total de uma
associação série é dada pela equação:
(5)
Esta equação pode ser
desenvolvida (como a equação da resistência equivalente de resistores em
paralelo) para duas situações particulares:
ASSOCIAÇÃO SÉRIE DE DOIS CAPACITORES C1 E C2
(6)
onde CT é a capacitância total da
associação.
ASSOCIAÇÃO SÉRIE DE “N” CAPACITORES DE MESMO VALOR
CT= C/n (7)
Para a utilização das
equações, todos os valores de capacitância devem ser convertidos para a mesma
unidade.
Exemplo 5:
Determinar a capacitância total dos
circuitos abaixo
TENSÃO DE TRABALHO DA ASSOCIAÇÃO SÉRIE
Quando se aplica uma tensão
a uma associação série de capacitores a tensão aplicada se divide entre eles,
como ilustrado na Fig.12.
Fig.12 Tensão em uma
associação série.
A distribuição da tensão nos
capacitores ocorre de forma inversamente proporcional à capacitância, ou seja:
·
Uma maior capacitância corresponde a uma menor tensão.
·
Uma menor capacitância corresponde a uma maior tensão.
Em uma associação série de
capacitores, a tensão se distribui de forma inversamente proporcional à
capacitância dos capacitores. O capacitor de menor capacitância fica com a
maior parcela da tensão total.
A determinação do valor de
tensão em cada capacitor de uma associação série é feita através das equações
da eletrostática.
Como forma de simplificação,
pode-se adotar um procedimento simples e que evita a aplicação de tensões
excessivas a uma associação série de capacitores.
Esse procedimento consiste
em se associarem em série capacitores de mesma capacitância e mesma tensão de
trabalho.
Desta forma, a tensão aplicada se distribui
igualmente sobre todos os capacitores. A Fig.13
ilustra este procedimento.
Fig.13 Associação série de
capacitores de mesma tensão.
ASSOCIAÇÃO SÉRIE DE CAPACITORES POLARIZADOS
Ao se associarem capacitores
polarizados em série, o terminal positivo de um capacitor é conectado ao
terminal negativo do outro, como mostrado na Fig14.
Fig.14 Associação série de
capacitores polarizados.
É importante lembrar que
capacitores polarizados só podem ser ligados em CC.
Na associação série de
capacitores, (1) a capacitância total é sempre menor que a capacitância de
menor valor e (2) ao se associarem capacitores polarizados em série, a armadura
positiva de um capacitor é conectada à armadura negativa do capacitor seguinte.
Muito bom! Ótimo complemento para o primeiro artigo. Nota-se, aqui, que a associação de capacitores é inversamente proporcional à associação de resistores, além da aplicação de capacitores em CA.
ResponderExcluirNa minha opinião, a maioria dos componentes eletrônicos, quando submetidos à CA, tendem a exigir cálculos mais complexos mas a forma didática e explicativa na qual o autor conduz o texto tendem a exemplifica-la tanto em CC quanto em CA, contudo, são ótimos materiais para aprendizagem. Agradeço pela disponibilização em seu blog e vou continuar seguindo; recomendei, também, o blog para alguns amigos.
gostei muito ,valeu nota 10
ResponderExcluir