Missão do
Sistema SENAI
Contribuir para o fortalecimento da indústria e o desenvolvimento
pleno e
sustentável do País, promovendo a educação para o trabalho e a
cidadania, a assistência técnica e tecnológica, a produção e
disseminação
de
informação e a adequação, geração e difusão de tecnologia.
Educação Permanente –
Torna-se um imperativo
com o
compromisso mútuo entre pessoas e entidade, em favor do crescimento
pessoal,
institucional e da sociedade.
O osciloscópio é um equipamento que permite a
observação de variações de tensão elétrica em forma de figuras em uma tela.
Através do osciloscópio
pode-se realizar pesquisas e análises de defeitos em circuitos eletrônicos e
elétricos.
As imagens na tela de um
osciloscópio são formadas unicamente pelo movimento rápido de um ponto na
direção horizontal e vertical, como num aparelho de televisão. As imagens
formam-se na tela do osciloscópio através de movimentos simultâneos na direção
vertical e horizontal.
O painel do osciloscópio e a função dos seus controles
A Fig.1 apresenta um modelo de osciloscópio com o painel de controle
e entradas de sinal.
Fig.1 Osciloscópio.
Os controles e entradas do
painel podem ser divididos em três grupos:
·
Controles de ajuste do traço ou ponto na tela.
·
Controles e entrada de atuação vertical.
·
Controles e entrada de atuação horizontal.
CONTROLES DE AJUSTE DO TRAÇO OU PONTO NA TELA
A Fig.2 destaca o grupo de controles de ajuste do traço ou ponto em
um modelo de osciloscópio.
Fig.2 Grupo de ajuste do traço ou
ponto.
Serão apresentadas,
entre parênteses, as designações dos controles em inglês visto que é comum os
osciloscópios apresentarem este tipo de identificação.
BRILHO OU LUMINOSIDADE (BRIGHTNESS OU INTENSITY)
É o controle que ajusta a
luminosidade do ponto ou traço. Em alguns osciloscópios, este controle está
acoplado à chave liga-desliga do equipamento. Deve-se evitar o uso de brilho
excessivo, pois a tela do osciloscópio pode ser danificada.
FOCO (FOCUS)
É o controle que ajusta a
nitidez do ponto ou traço luminoso. O foco deve ser ajustado de forma a se
obter um traço fino e nítido na tela. Os ajustes de brilho e foco são ajustes
básicos que são realizados sempre que se utiliza o osciloscópio.
ILUMINAÇÃO DA RETÍCULA (SCALE ILLUMINATION)
Permite iluminar as divisões
traçadas na tela.
CONTROLES E ENTRADA DE ATUAÇÃO VERTICAL
A Fig.3 destaca o grupo de controles de atuação vertical em um modelo
de osciloscópio.
Fig.3 Grupo de controle e atuação
vertical.
ENTRADA DE SINAL VERTICAL (INPUT)
Nesta entrada é conectada a
ponta de prova do osciloscópio. As variações de tensão aplicadas nesta entrada
aparecem sob forma de figuras na tela do osciloscópio, como pode ser visto na Fig.4.
Fig.4 Sinal aplicado e imagem na
tela.
CHAVE DE SELEÇÃO DO MODO DE ENTRADA (CA-CC OU AC-DC)
Esta chave é selecionada de
acordo com o tipo de forma de onda a ser observada. Em alguns osciloscópios
esta chave tem 3 posições (CA - 0 - CC ou CA - GND - CC). A posição adicional
“0” ou “GND” é usada para a realização de ajustes do osciloscópio em algumas
situações.
CHAVE SELETORA DE GANHO VERTICAL (V/GAIN OU V/DIV)
Através desta chave seletora
é possível aumentar ou diminuir a
amplitude de uma projeção na tela do osciloscópio. A Fig.5 ilustra o que ocorre com a figura quando se movimenta esta
chave seletora.
Fig.5 Aumento ou redução de amplitude através da chave
seletora de ganho vertical.
AJUSTE FINO DE GANHO VERTICAL ( FINE - VARIABLE OU VERNIER)
Tem a mesma função da chave
seletora de ganho vertical: aumentar ou diminuir a amplitude da figura na tela.
Enquanto a chave seletora provoca variações de amplitude em passos (proporções
definidas), o ajuste fino permite variar linearmente a amplitude.
POSIÇÃO VERTICAL (POSITION)
Permite movimentar a
projeção mais para cima ou para baixo na tela. A movimentação não interfere na
forma da figura projetada na tela.
CONTROLES DE ATUAÇÃO HORIZONTAL
A Fig.6 destaca os controles de atuação horizontal em um modelo de
osciloscópio.
Fig.6 Grupo de controle de atuação
horizontal.
CHAVE SELETORA NA BASE DE TEMPO (H. SWEEP)
É o controle que permite
variar o tempo de deslocamento horizontal do ponto na tela.
Através deste controle, pode-se ampliar ou reduzir
horizontalmente uma figura na tela.
Fig.7 - Ampliação ou redução horizontal através da chave seletora de base de
tempo.
Em alguns osciloscópios esta
chave seletora tem uma posição identificada como EXT (externa) possibilitando
que o deslocamento horizontal do ponto seja controlado por um circuito externo
ao osciloscópio através de uma entrada específica. Quando a posição externa é
selecionada, não há formação do traço na tela, obtendo-se apenas um ponto.
AJUSTE FINO (VARIABLE)
Este controle permite um
ajuste mais preciso do tempo de deslocamento do ponto na tela. Atua em conjunto
com a chave seletora da base de tempo.
POSIÇÃO HORIZONTAL (H. POSITION)
É o ajuste que permite
centrar horizontalmente a forma de onda na tela. Girando o controle de posição
horizontal para a direita, o traço se movimenta horizontalmente para a direita
ou vice-versa.
CONTROLES E ENTRADA DE SINCRONISMO
São controles que permitem
fixar a forma de onda na tela do osciloscópio. Estes controles são usados
principalmente na observação de sinais alternados. A Fig.8 destaca os controles de sincronismo.
Fig.8 Grupo de controle de fixação
da forma de onda na tela.
Estes controles são
analisados por ocasião da utilização do osciloscópio na medição de tensão CA.
PONTAS DE PROVA
As pontas de prova são
utilizadas para interligar o osciloscópio aos pontos de medição. A Fig.9 mostra uma ponta de prova.
Fig.9 Ponta de prova.
Uma das extremidades da
ponta de prova é conectada a uma das entradas do osciloscópio através de um
conector e a extremidade livre serve para conexão aos pontos de medição.
A extremidade livre tem uma
garra jacaré, denominada de terra da ponta de prova, que deve ser conectada ao
terra do circuito e uma ponta de entrada de sinal que deve ser conectada no
ponto que se deseja medir.
Existem dois tipos de pontas
de prova:
·
Ponta de prova 1:1.
·
Ponta de prova 10:1.
A ponta de prova 1:1 se
caracteriza por aplicar à entrada do osciloscópio a mesma tensão ou forma de
onda que é aplicada à ponta de medição, como ilustrado na Fig.10.
Fig.10 Ponta de prova 1:1.
A ponta de prova 10:1 é
divisora de tensão, entregando ao osciloscópio a décima parte da tensão
aplicada à ponta de medição, como pode ser visto na Fig.11.
Fig.11 Ponta de prova 10:1.
As pontas de prova 10:1 são
usadas para permitir que o osciloscópio seja utilizado para medições ou
observações de sinais com tensões ou amplitudes 10 vezes maiores que o seu
limite de medição normal.
Por exemplo, um osciloscópio
que permite a leitura de tensões de até 50V com ponta de prova 1:1 pode ser
utilizado em tensões de até 500V com uma ponta de prova 10:1. Existem pontas de
prova que dispõem de um botão através do qual se pode selecionar a opção 10:1
ou 1:1, conforme mostrado na Fig.12.
Fig.12 Ponta de prova com opção de
seleção 1:1 e 10:1.
OSCILOSCÓPIOS DE DUPLO TRAÇO
Existem osciloscópios que
permitem a visualização simultânea de dois sinais na tela. Estes osciloscópios
são denominados de osciloscópios de duplo traço. A Fig.13 mostra um osciloscópio deste tipo.
Fig.13 Osciloscópio de duplo traço.
Estes osciloscópios têm
alguns controles que são comuns aos dois traços e outros que são individuais
para cada traço. Estes controles são :
·
Controles básicos (brilho, foco).
·
Controles do horizontal (base de tempo e posição).
A Fig.14 destaca os controles que são comuns aos dois traços em um
modelo de osciloscópio.
Fig.14 Controles comuns aos dois
traços em osciloscópio de duplo traço.
A diferença entre os
osciloscópios de traço simples e traço duplo situam-se basicamente no seguinte
:
·
Nas entradas e controles do vertical.
·
Nos controles e entrada de sincronismo.
ENTRADAS E CONTROLES DO VERTICAL
A figura na tela do
osciloscópio é uma projeção da tensão aplicada à entrada vertical.
Conseqüentemente, para observar dois sinais simultaneamente é necessário
aplicar duas tensões em duas entradas verticais.
Os osciloscópios de duplo
traço dispõem de dois grupos de controles verticais:
·
Um grupo para o CANAL A ou CANAL 1.
· Um grupo para o CANAL B ou
CANAL 2.
Cada canal vertical controla
um dos sinais na tela (amplitude e posição vertical).
A Fig.15 destaca os
grupos de controles do canal 1 (CH1) e canal 2 (CH2).
Fig.15 Detalhes do grupo de
controle dos canais 1 e 2.
Os grupos de controle
verticais dos canais geralmente são iguais como ilustrado na Fig.16. Cada canal dispõe de:
·
Entrada vertical (1A e 2A).
·
Chave seletora CA-0-CC (1B e 2B).
·
Chave seletora de ganho vertical (1C e 2C).
·
Ajuste fino de ganho vertical (1D e 2D).
·
Posição vertical (1E e 2E).
Fig.16 Grupo de Controle Vertical dos Canais.
Alguns osciloscópios dispõem
ainda de um controle denominado de INVERSOR (INVERT) que permite inverter a
figura na tela, como pode ser visto na Fig.
17.
Fig.17 Ação do botão INVERSOR.
Um osciloscópio de duplo
traço pode ser utilizado como se fosse de traço simples. Tanto o canal 1 como o
canal 2 podem ser utilizados individualmente.
Entre os grupos de controles
verticais do canal 1 e 2 existe uma chave seletora que permite que se
determinem quantos e quais os canais que aparecerão na tela. Esta chave tem
pelo menos três posições: CH1, CH2 e DUAL (ou chopper).
Na posição CH1 aparecerá
apenas um traço na tela, projetando o sinal que estiver aplicado à entrada
vertical do canal 1.
Na posição CH2 aparecerá
apenas um traço na tela, projetando o sinal aplicado à entrada vertical do
canal 2.
Na posição DUAL (chopper)
aparecerão na tela dois traços, cada um representando o sinal aplicado a uma
das entradas.
Em osciloscópios mais
sofisticados, esta chave pode ter mais posições que permitem outras
alternativas de funcionamento.
CONTROLES DE SINCRONISMO
Os controles de sincronismo
têm por função fixar a imagem na tela. A Fig.18
destaca o grupo de controles de sincronismo.
Fig.18 Grupo de controle de
sincronismo.
Os controles de sincronismo
são:
· Chave seletora de fonte de
sincronismo.
· Chave seletora de modo de
sincronismo.
· Controle de nível de
sincronismo.
· Entrada de sincronismo.
Estes controles serão
analisados detalhadamente por ocasião da medição de tensão alternada com o
osciloscópio.
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