Missão do Sistema SENAI
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pleno e sustentável do País, promovendo a
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cidadania, a assistência técnica e
tecnológica, a produção e disseminação
de informação e a adequação, geração e
difusão de tecnologia.
No SENAI a Formação Profissional está voltada para a Educação
permanente e a cidadania.
A análise de defeito por
medição consiste na verificação das condições de funcionamento dos componentes
de um circuito através de interpretação dos valores de tensão, corrente e
resistência medidos na pesquisa.
Medindo os valores reais
encontrados nos circuitos e comparando com os determinados em um esquema é
possível detectar a região do equipamento que não está funcionando
corretamente. O desenvolvimento de um método de pesquisa é indispensável para
aqueles que se dedicam à manutenção de equipamentos.
CONDIÇÕES NECESSÁRIAS
Para que seja possível
executar uma análise de um circuito defeituoso por meio de medições, é
necessário dispor dos valores corretos que o circuito deve apresentar quando
funciona corretamente. Esses valores podem ser obtidos de duas maneiras:
·
Através do esquema, onde aparecem os valores de tensão e/ou corrente
nos pontos chave do circuito, como mostrado na Fig.1.
Fig.1 Esquema mostrando os valores de tensão em pontos
chave.
·
Analisando propriamente o
circuito e determinando as condições corretas de funcionamento.
Para obter os valores por
este método é necessário um conhecimento profundo de todos os componentes, seus
princípios e condições de funcionamento para determinar a sua função no
circuito. Este tipo de análise só pode ser realizado por pessoas que tenham
capacidade, conhecimentos e experiência no ramo da eletrônica.
OBJETIVO DA MEDIÇÃO
As medições são realizadas
para comparar os valores do circuito com os valores fornecidos no esquema.
Através de comparação,
determinam-se quais os pontos onde os circuitos não estão funcionando
corretamente.
As medições de
corrente raramente são empregadas na pesquisa porque implicam na interrupção do
circuito para colocação em série do instrumento, o que geralmente não é
prático.
Uma vez que a realização de medições é feita para
possibilitar uma comparação de valores, não existe objetivo prático em medir
quando não se conhece, de alguma forma, os valores corretos que deveriam ser
encontrados.
MÉTODO DE PESQUISA
Geralmente as
características do defeito que o circuito apresenta fornecem alguma indicação
do setor em que se encontra o componente danificado. Quando isto não acontece,
o procedimento correto é realizar as medições do início para o fim do circuito.
Este procedimento permite testar as etapas do circuito uma a uma, eliminando
aquelas que funcionam corretamente, até encontrar a parte onde as medições não
conferem com as do esquema.
Isto não significa que se
deva medir componente por componente. Os circuitos eletrônicos têm pontos-chave
que permitem verificar as suas condições de funcionamento com poucas medições.
Os esquemas comerciais trazem os valores apenas nestes pontos representativos,
como ilustrado na Fig.2.
Fig.2 Tensões em pontos chaves.
Uma vez isolada a região do
circuito que não está funcionando corretamente, passa-se então a uma análise
individual e detalhada dos componentes que a constituem. Nesta região deve ser
realizada uma medição completa, anotando-se os valores encontrados sobre o
esquema. Assim será possível observar, simultaneamente, as condições de
funcionamento dos componentes em teste.
Com os valores anotados, o
profissional pode utilizar algumas perguntas que auxiliam a localizar o
defeito, como por exemplo:
·
O que pode levar a tensão neste ponto a um valor mais alto ou mais
baixo?
·
Quem controla a corrente neste ramal?
·
O que estabelece a tensão neste ponto?
·
Que defeito este componente costuma apresentar?
Estas perguntas levam ao
princípio de operação do circuito, auxiliando a compreensão do seu
funcionamento. É importantíssimo estabelecer as relações entre os valores
medidos e os componentes que atuam sob estes valores. Somente desta maneira é
possível localizar-se um elemento defeituoso dentro de um circuito.
Quando se determina através
da análise, que um componente específico é a causa do mau funcionamento,
deve-se retirá-lo do circuito e testá-lo individualmente. Se o componente
estiver danificado, procede-se a sua substituição. O componente danificado deve
ser substituído por outro de mesmas características, para que o circuito volte
a funcionar corretamente.
O método de pesquisa bem
desenvolvido leva o pesquisador cada vez mais próximo ao componente danificado.
Para isto, cada medição é importante e deve ser interpretada apropriadamente.
A execução diária de
trabalhos de manutenção propicia ao profissional um autodesenvolvimento da
capacidade técnica, possibilitando inclusive a criação de um método de pesquisa
próprio.
ANÁLISE
DE DEFEITO EM UM CIRCUITO ELÉTRICO
A seguir, é apresentado
circuito simples com um defeito que servirá para exemplificar o desenvolvimento
de uma pesquisa, etapa por etapa. O diagrama elétrico desse circuito pode ser
visto na Fig.3.
Fig.3 Lâmpada alimentada por uma tensão de 4,5V.
Segundo o esquema
apresentado na Fig.3, quando a chave
S1 é ligada a lâmpada deve
acender. Entretanto, quando S1 é ligada a lâmpada não acende.
OBJETIVO DA PESQUISA
Localizar o componente ou
ligação que impede o circuito de funcionar corretamente.
Etapas da pesquisa
Primeira etapa
Verificar com um multímetro
a tensão nos pólos da bateria, como mostrado na Fig.4.
Fig.4 Teste da bateria.
Interpretação da leitura
O valor encontrado é
correto, de acordo com a especificação da bateria.
Conclusão
A bateria está fornecendo a
tensão correta ao circuito.
Segunda etapa
Fechar a chave e verificar
se existe tensão após a chave, como indicado na Fig.5.
Fig.5 Medição da tensão depois da chave.
Interpretação da leitura
A tensão após a
chave é a mesma tensão da bateria.
Terceira etapa
Verificar se há tensão sobre
os bornes da lâmpada, conforme ilustrado na Fig.6.
Fig.6 Medição da tensão sobre a lâmpada.
Interpretação da leitura
Não existe tensão nos
terminais da lâmpada. Por isso ela não está acendendo.
Pergunta
Por que a tensão presente na
chave não chega aos terminais da lâmpada?
Resposta
O condutor que interliga a
chave à lâmpada pode estar rompido (aberto).
Procedimento
Verificar a continuidade do
condutor com um ohmímetro.
Execução
Desligar a chave S1, porque
o ohmímetro não pode ser utilizado em circuitos energizados e testar a
continuidade com o ohmímetro, como mostrado na Fig.7.
Fig.7 Teste de continuidade.
O ohmímetro deve indicar 0W porque se o condutor está bom as pontas de
prova ficam em curto. Ao realizar a leitura do ohmímetro, verifica-se que este
indica altíssima resistência o que significa que existe uma interrupção entre a
chave e a lâmpada, como indicado na Fig.8.
Fig.8 Indicação de descontinuidade no condutor entre a
chave e a lâmpada.
Procedimento
Refazer a ligação entre
chave e lâmpada com outro condutor. Este é um exemplo de correção de defeito
por pesquisa. Supondo-se que após a substituição do condutor e após ligar-se a
chave S1 a lâmpada continue apagada,
deve-se continuar a pesquisa.
Quarta etapa
Verificar novamente a tensão
nos bornes da lâmpada, como ilustrado na Fig.9.
Fig.9 Medição da tensão nos bornes da lâmpada.
Interpretação da leitura
A tensão presente nos bornes
da lâmpada é correta.
Pergunta
Por que a lâmpada não acende
se a tensão nos seus bornes é correta?
Resposta
A lâmpada pode estar
danificada, com seu filamento rompido.
Procedimento
Testar a continuidade do
filamento com o ohmímetro.
Execução
Retirar a lâmpada do
circuito e testá-la com o ohmímetro, como mostrado na Fig.10.
Fig.10 Teste da lâmpada com o ohmímetro.
Caso o filamento esteja
realmente rompido, o ponteiro do ohmímetro não se deslocará sobre a escala.
Procedimento
Substituir a lâmpada por
outra de mesma característica (4,5V-1,5W) previamente testada.
ANÁLISE DE UM DEFEITO EM UM DIVISOR DE TENSÃO
A seguir, é apresentado um divisor de tensão com
defeito que será analisado para exemplificar novamente o desenvolvimento da
pesquisa.
Segundo o esquema
apresentado na Fig.11, o divisor de
tensão reduz uma tensão de alimentação de 15V (na entrada) para 6V (na saída)
que serve para operar o relé (RL). A ligação da chave S1 deve
provocar a operação do relé instantaneamente. Entretanto, quando a chave S1
é ligada, o relé (RL) não opera.
Fig.11 Divisor de tensão.
OBJETIVO DA PESQUISA
Localizar o componente ou
ligação que impede o circuito de funcionar corretamente.
Etapas da pesquisa
Primeira etapa
Verificar com um voltímetro
se os terminais de entrada do circuito recebem a tensão de alimentação,
conforme ilustrado na Fig.12.
Fig.12 Verificação da tensão de alimentação.
Interpretação da leitura
O valor encontrado é um
pouco menor que o indicado no esquema.
Observação
A diferença encontrada pode
ser provocada pelo percentual do erro do instrumento ou por erro da leitura.
Conclusão
A tensão na entrada
do circuito está correta.
Segunda etapa
Fechar a chave e verificar
se há tensão nos extremos do divisor (pontos A, B), conforme ilustrado na Fig.13.
Fig.13 Verificação se há tensão nos extremos do divisor.
Interpretação da leitura
Não há tensão após a chave.
A chave deve estar defeituosa.
Pergunta
Por que não há
tensão na saída da chave se ela está ligada?
Resposta
A chave pode estar
defeituosa, não realizando a conexão elétrica dos terminais quando é colocada
na posição ligada.
Procedimentos
Desconectar a chave do
circuito e testá-la isoladamente com um ohmímetro.
Execução
Colocar a chave na posição
ligada e conectar as ponteiras do ohmímetro sobre os seus terminais, conforme
mostrado na Fig.14.
Fig.14 Teste da chave.
O ohmímetro deve
indicar 0. No entanto, isto não acontece.
Conclusão
A chave está com defeito.
Procedimento
Substituir a chave por
outra, previamente testada.
Para que o exercício
proposto de pesquisa de defeitos possa prosseguir, admita que a chave não é o
único componente danificado.
Com a substituição da chave,
a segunda etapa toma a nova
configuração apresentada na Fig.15.
Fig.15 Nova configuração do circuito da Fig.11.
Interpretação da leitura
A tensão após a
chave está correta.
Conclusão
A chave está
funcionando corretamente.
Terceira etapa
Verificar a tensão sobre os
terminais da carga, como ilustrado na Fig.16.
Fig.16 Verificação da tensão sobre a carga.
Interpretação da leitura
Não há tensão na
saída do divisor.
Pergunta
Que causas podem
levar a tensão de saída do divisor a 0?
Resposta
Um curto nos terminais de
saída. Resistor R1 aberto.
Procedimento
Medir a resistência entre os
dois bornes de saída do divisor com a chave S1 desligada.
Execução
Conectar o ohmímetro
diretamente aos dois bornes de saída do divisor (com a alimentação desligada).
O ohmímetro não deve indicar resistência 0, que significa um curto circuito
entre os terminais, como pode ser visto na Fig.17.
Fig.17 Conexão do ohmímetro na saída do divisor.
A indicação do ohmímetro deverá ser o valor de
resistência existente entre dois bornes. Este valor é resultante da associação
paralela do relé com R2.
Interpretação da leitura
A resistência entre
os bornes de saída está correta.
Conclusões
(1) não há curto-circuito nos terminais de
saída do divisor e (2) o resistor R2
e o relé não estão danificados.
A segunda conclusão resulta
da análise da resistência encontrada no ohmímetro, comparada com o valor
determinado no cálculo do paralelo R2 com o relé. Se o R2
ou o relé estivessem com o valor muito alterado (além da tolerância), o valor
lido com o ohmímetro, seria bastante diferente do calculado. Por exemplo, valor
calculado 17W e valor lido 90W.
Pergunta
Que outro componente pode
impedir a existência de tensão na saída do divisor ?
Resposta
O resistor R1 se estiver aberto
(interrompido).
Procedimento
Desconectar R1 do circuito e medir a sua
resistência, conforme ilustrado na Fig.18.
Fig.18 Medição da resistência R1.
O ohmímetro deve indicar o
valor normal da resistência (250W) admitindo-se a tolerância.
Na medição realizada, o
ponteiro não se movimentou em nenhuma escala. Resistência infinita.
Interpretação da leitura
O resistor não permite a
passagem da corrente elétrica.
Conclusão
O resistor está aberto.
Procedimento
Substituir o resistor
danificado por outro de igual valor e potência de dissipação (250W 1W) previamente testado.
Muito bom, gostei das exemplificações e das explicações.
ResponderExcluirMuito bom,
ExcluirSó que, conforme minha interpretação, há um erro de grafia: O resistor é 250 Ohms e não 250W, (250W 1W). Corrijam-me se estiver errado.
Obrigado bom trabalho
ResponderExcluirlegal bastante instrutivo
ResponderExcluirlegal bastante instrutivo
ResponderExcluirmuito bom,fora a parte do erro de grafia.
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