Missão do
Sistema SENAI
Contribuir para o fortalecimento da indústria e o desenvolvimento
pleno e
sustentável do País, promovendo a educação para o trabalho e a
cidadania, a assistência técnica e tecnológica, a produção e
disseminação
de
informação e a adequação, geração e difusão de tecnologia.
Adequar a formação profissional que ministra em suas
diversas
modalidades, notadamente a
aprendizagem, às novas
demandas do
desenvolvimento da indústria
e das demais
empresas de categoria
econômicas sob sua jurisdição, é uma diretriz do SENAI.
Antes de se proceder à
medição de uma tensão CC com o osciloscópio, deve-se realizar uma preparação
que pode ser divida em três etapas. São elas:
·
Ajuste da referência.
·
Seleção do modo de entrada.
·
Conexão da ponta de prova ao osciloscópio.
AJUSTE DA REFERÊNCIA
Quando o osciloscópio é
utilizado para a medição de tensões contínuas, faz-se necessário estabelecer
uma posição para o traço na tela que servirá de posição de referência.
O traço deve ser posicionado
sobre uma das divisões do reticulado da tela, utilizando o controle de posição
vertical do canal selecionado, como mostrado na Fig.1.
Fig.1 Posicionamento do traço de
referência na tela.
Para realizar o ajuste da
posição de referência do traço, deve-se proceder da seguinte forma:
1. Colocar a
chave seletora de modo de entrada (CA-0-CC) do canal escolhido na posição 0.
2. Ajustar a
posição do traço na tela usando o controle de posição vertical deste canal.
A posição ideal do operador
em relação ao aparelho para realizar o ajuste é frontal à tela, conforme
ilustrado na Fig.2.
Fig.2 Posição correta do operador
para a realização do ajuste do traço na tela.
SELEÇÃO CA-CC E CONEXÃO DA PONTA DE PROVA
Para medição de tensão
contínua, a chave seletora de modo de entrada (CA-0-CC) do canal escolhido deve
ser posicionada para CC após o ajuste da referência.
A ponta de prova é então
conectada na entrada vertical do canal escolhido.
Após a preparação do
osciloscópio, as extremidades da ponta de prova podem ser conectadas nos pontos
onde está presente a tensão a ser medida.
Quando as extremidades
livres da ponta de prova são conectadas aos pontos de medição, o traço muda de
posição na tela, como pode ser visto na Fig.3.
Fig.3 Mudança da
posição do traço na tela após conexão das pontas de prova aos pontos de
medição.
INTERPRETAÇÃO DA MEDIÇÃO
A determinação do valor de
tensão aplicada na entrada é feita em duas etapas:
1.
Verifica-se de quantas divisões foi a mudança de posição do traço na tela (em
relação à posição de referência).
A Fig.4 mostra um exemplo de mudança de posição de traço de duas
divisões.
Fig.4 Mudança do traço da tela de
duas divisões.
2)
Multiplica-se o número de divisões obtidos na primeira etapa pelo valor
indicado pela chave seletora de ganho vertical do canal, que é a chave que
indica o valor de cada divisão.
A Fig.5 mostra, por exemplo, uma mudança de posição do traço na tela
de 3 divisões e a chave seletora de ganho vertical na posição 5V/divisão. Logo,
a tensão CC medida é de 15V.
Fig.5 Traço em 3 divisões na tela.
INTERPRETAÇÃO DA MEDIÇÃO
Determina-se de quantas
divisões foi a mudança de posição no traço da tela. Este número de divisões
multiplicado pelo valor indicado pela chave seletora de ganho vertical fornece
a tensão existente entre os pontos medidos.
Pelo fato de permitir a
medição de tensões, o eixo vertical da tela do osciloscópio é denominado de
eixo das tensões.
Para facilitar a leitura, o
eixo vertical central é dividido em subdivisões. A Fig.6 mostra um traço situada a 2,4 divisões da posição de
referência e a chave seletora de ganho vertical na posição 2V/divisão. Neste
caso, a tensão contínua medida é de 4,8V.
Fig.6 Traço numa posição
intermediária.
O valor da tensão
correspondente a cada divisão da tela é definido pela chave seletora de ganho
vertical.
Através do posicionamento da
chave seletora de ganho vertical, o osciloscópio pode ser utilizado para
medições de valores de tensão desde alguns milivolts até dezenas de volts.
TENSÕES CONTÍNUAS POSITIVAS E NEGATIVAS
Os circuitos eletrônicos
podem utilizar o terra conectado ao pólo negativo ou positivo da fonte de
alimentação.
Dependendo do terra, as
tensões CC medidas em um circuito podem ser positivas ou negativas.
O osciloscópio pode ser
utilizado tanto para medições de tensões positivas como negativas.
Para que a medição seja
correta, a garra, que é o terra da ponta de prova do osciloscópio, deve ser
ligado ao terra do circuito, seja ele positivo ou negativo.
O terminal de terra da ponta
de prova do osciloscópio sempre é conectado ao terra do circuito, seja ele
positivo ou negativo.
Quando a tensão aplicada na
entrada vertical é positiva, o traço se desloca da posição de referência para
cima, como ilustrado na Fig.7.
Fig.7 Posição da linha para uma
tensão de entrada positiva.
Quando a tensão aplicada na
entrada vertical é negativa, o traço se desloca da posição de referência para
baixo, como mostrado na Fig.8.
Fig.8 Posição da linha para uma
tensão de entrada negativa.
A interpretação dos valores
das tensões negativas é feita da mesma forma que a das positivas.
CHAVE SELETORA DE GANHO VERTICAL
A chave seletora de ganho
vertical estabelece a quantos volts corresponde cada divisão vertical da tela.
Em todos os osciloscópios,
esta chave seletora tem muitas posições, de forma que se possa fazer com que
cada divisão da tela tenha valores que vão, por exemplo, desde 5mV até 5V, como
mostra o exemplo da Fig.9.
Fig.9 Exemplo de chave seletora.
Em cada posição da chave
seletora, o osciloscópio tem um limite de medição.
Por exemplo, com 8 divisões
verticais na tela, selecionando a chave seletora para a posição 10V/divisão,
pode-se medir tensões de até 80V.
Se a tensão aplicada na
entrada vertical exceder o limite de medição, o traço sofre um deslocamento tal
que ele desaparece totalmente da tela.
Quando isso acontece,
deve-se mudar a posição da chave seletora de ganho vertical para um valor
maior, reajustar a referência e refazer a medição.
Quando o valor de tensão a
ser medido é conhecido aproximadamente, a chave seletora de ganho vertical deve
ser posicionada adequadamente antes de realizar a medição.
É importante lembrar que
cada vez que a posição da chave seletora de ganho vertical for modificada,
deve-se conferir a referência e se necessário reajustá-la.
A posição de referência do
traço na tela deve ser conferida a cada mudança de posição da chave seletora de
ganho vertical e reajustada, se necessário.
AJUSTE FINO DE GANHO VERTICAL
Quando o osciloscópio dispõe
de um ajuste fino de ganho vertical, este deve ser calibrado, antes de executar a medição, caso
contrário a leitura não será correta.
O ajuste fino de ganho
vertical deve ser calibrado antes da execução de medição de tensão com o
osciloscópio.
Em alguns osciloscópios, o
ajuste fino de ganho vertical já tem a posição de calibração indicada, como
mostra o exemplo da Fig.10.
Fig.10 Indicação da posição de
calibração no botão de ajuste fino.
Neste caso, antes de
realizar a medição, o botão é colocado nesta posição.
Quando o botão de ajuste
fino não tiver posição de calibração indicada, o ajuste é feito utilizando-se
uma tensão CC (ou CA quadrada) que está disponível em um borne do painel do
osciloscópio, como pode ser visto na Fig.11.
Fig.11 Bornes para calibração.
O procedimento de calibração
é o seguinte: conecta-se a ponta de prova (extremidade livre) ao borne e
ajusta-se o controle de ajuste fino de forma que a tensão lida na tela coincida
com a tensão (CC ou CA) indicada ao lado do borne.
O osciloscópio pode ser
utilizado como recurso para realização de uma medição de tensão alternada.
Este tipo de medição através
do osciloscópio é muito comum nos reparos e manutenção em equipamentos eletrônicos.
PROCESSO DE MEDIÇÃO DE TENSÃO CA
O processo de medição de
tensão CA com osciloscópio pode ser dividido em três etapas:
·
Obtenção da forma de onda CA na
tela.
·
Sincronismo da projeção.
·
Interpretação da medição.
OBTENÇÃO DA FORMA DE ONDA CA NA TELA
Considerando um osciloscópio
que já esteja com um traço selecionado (CH1 ou CH2) e ajustado em brilho e
foco, a projeção de CA na tela exige ainda:
·
a seleção do modo de entrada.
·
a conexão da ponta de prova do
osciloscópio.
·
a conexão da ponta de prova aos
pontos de medição.
Seleção de modo de entrada
Para medições de tensões
alternadas esta chave pode ser posicionada em “CA” ou “CC”.
Conexão da ponta de prova ao osciloscópio
A ponta de prova é
conectada à entrada vertical do canal
selecionado. Em osciloscópios que tenham ajuste fino de ganho vertical, deve-se
proceder a sua calibração antes da execução de medição.
Conexão da ponta de prova aos pontos de medição
Após o posicionamento dos
controles, as pontas de prova são conectadas aos pontos de medição.
Quando as pontas de prova
são conectadas aos pontos de medição, a tensão CA presente nesses pontos é
projetada em forma de figura na tela do osciloscópio. Normalmente a figura está
fora de sincronismo, como pode ser visto na Fig.12.
Fig.12 Tela com forma de onda fora de sincronismo.
Caso a figura exceda os
limites da tela na vertical, deve-se atuar na chave seletora de ganho vertical
de forma a obter-se o máximo de amplitude dentro dos limites da tela.
Da mesma forma, se a figura
tiver uma amplitude muito pequena, atua-se na chave seletora de ganho vertical
para obter-se uma figura com maior amplitude.
Sincronismo da projeção
O sincronismo consiste na
fixação da imagem na tela para facilitar a observação.
A fixação da imagem é feita
através dos controles de sincronismo do osciloscópio.
A Fig.13 destaca o grupo de controles de sincronismo.
Fig.13 Controles de sincronismo.
Os controles de sincronismo
são:
·
Chave seletora de fonte de
sincronismo.
·
Chave de modo de sincronismo.
·
Controle de nível de
sincronismo.
Chave seletora de fonte (Source)
Selecionada onde será tomado
o sinal de sincronismo necessário para fixar a imagem na tela do osciloscópio.
Esta chave seletora
normalmente tem 4 posições, como pode ser visto na Fig.14.
Fig.14 Posições de uma chave
seletora.
Posição CH1: o sincronismo é controlado pelo sinal
aplicado ao canal 1.
Posição CH2: o sincronismo é controlado pelo sinal
aplicado ao canal 2.
Sempre que se usa o
osciloscópio traço duplo como traço simples, usando apenas um canal, a chave
seletora deve ser posicionada para o canal utilizado (CH1 ou CH2).
REDE
Realiza o sincronismo com
base na freqüência da rede de alimentação do osciloscópio (senoidal 60Hz).
Nesta posição, consegue-se facilmente sincronizar na tela sinais aplicados na
entrada vertical que sejam obtidos a partir da rede elétrica.
EXTERNO
Na posição “externo”, o
sincronismo da figura é obtido a partir de outro equipamento externo conectado
ao osciloscópio.
O sinal que controla o sincronismo na posição
“externo” é aplicado à entrada de sincronismo, conforme ilustrado na Fig.15.
Fig.15 Chave de sincronismo na
posição EXT.
Chave de modo de sincronismo (Mode)
Normalmente esta chave tem duas
ou três posições : AUTO, NORMAL+, NORMAL-
AUTO :
Nesta posição, o osciloscópio realiza o sincronismo da projeção
automaticamente, com base no sinal selecionado pela chave seletora de fonte de
sincronismo.
NORMAL+,
NORMAL- : Nestas posições, o
sincronismo é ajustado manualmente através do controle de nível de sincronismo
(LEVEL).
Na posição NORMAL+, o sincronismo é positivo, fazendo com que o
primeiro pico que apareça na tela seja o positivo, como ilustrado na Fig.16.
Fig.16
Na posição NORMAL+.
Na posição NORMAL- o sincronismo é negativo, como
mostrado na Fig.17.
Fig.17
Na posição NORMAL - .
Para realizar a leitura de
tensão é necessário sincronizar a figura. Em geral, posicionando a chave de
modo de sincronismo para AUTO o osciloscópio fixa automaticamente a figura na
tela.
Se na posição AUTO não
houver sincronismo, deve-se passar para NORMAL e sincronizar com auxílio do
controle de nível.
INTERPRETAÇÃO DA MEDIÇÃO
A leitura de tensão
alternada aplicada na entrada vertical no osciloscópio é feita através da
determinação de tensão de pico a pico da figura projetada na tela.
Verifica-se o número de
divisões verticais ocupados pela figura e multiplica-se pelo valor indicado
pela chave seletora de ganho vertical, conforme ilustrado na Fig.18.
Fig.18 Interpretação da medição.
Quando o osciloscópio dispõe
de um ajuste fino de ganho vertical, este deve ser calibrado antes da execução
da medição.
POSICIONAMENTO ADEQUADO PARA A LEITURA
Com o objetivo de tornar
mais fácil e precisa a leitura do número de divisões ocupadas na tela, pode-se movimentar verticalmente a
figura, usando o controle de posição vertical.
Este procedimento permite
posicionar um dos picos da CA sobre uma linha de referência sem modificar a sua
amplitude, como mostrado na Fig.19.
Fig.19 Ajuste vertical da figura.
Dispondo de uma linha de
referência, a leitura da amplitude em número de divisões torna-se mais fácil.
Pode-se também movimentar horizontalmente
a figura (controle de posição horizontal - H.Position) sem prejuízo para a
leitura.
Isto possibilita colocar o
pico da tensão exatamente sobre o eixo vertical principal, facilitando a
leitura, conforme ilustrado na Fig.20.
Fig.20 Ajuste horizontal da
figura.
Exemplo 1:
Determine a tensão de pico a
pico e eficaz para a tensão CA da figura abaixo. Considere a chave seletora na
posição .1.
Solução
2 divisões ´ 0,1V/DIV = 200mVpp
Para se determinar a tensão
eficaz do sinal observado na tela, usam-se as relações matemáticas
correspondentes a cada tipo de sinal.
Como a tensão de pico a pico
(obtida na tela) é o dobro da tensão de pico (Vpp = 2Vp) a tensão eficaz (Vef) a partir da tensão de pico a pico é:
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